Editorial – BNB reitera papel alavancador

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O papel desempenhado pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB) como alavancador do desenvolvimento regional continua indesmentível. Em 2018, quando o País inteiro já resfolegava, em termos econômicos, o desempenho da instituição para manter a região dinâmica já era correspondida. Somente no Ceará – tomado individualmente, – foram criados, no período, 208.421 mil empregos por empresas contratantes do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), administrado pelo BNB. Não ficou aí: o valor bruto de produção por meio do programa ficou em R$ 7,9 bilhões e R$ 4,9 bilhões em renda.

Se tomarmos os dados referentes a salários e tributos, as cifras falam por si sós: R$ 1,4 bilhão, no primeiro item e R$ 852 milhões, no segundo. Essa é apenas a première do que se vai publicar oficialmente daqui a duas semanas: Por eles, será possível aferir os retornos, o aumento da massa salarial, dos tributos, empregos e outros indicadores, deixando nítido o resultado positivo alcançado pela aplicação desse recurso público.

Quando se foca apenas o BNB, constata-se que ele, sozinho, abarca 68,8% dos empréstimos de curto e longo prazo no Estado, o que é expressivo em um cenário em que a instituição representa apenas 8% das agências instaladas em seu território. O Ceará detém 45 do total das unidades (292) dessa marca existentes no País.

Os recursos distribuídos pela instituição não focam apenas a grande produção: mais da metade (56%) da demanda do FNE surge de pequenos e médios negócios dos setores de comércios e serviços. Ou seja, democratizam-se as oportunidades de modo a irrigar a iniciativa empreendedora onde essa tenha potencialidade de se manifestar e precisa apenas de um pequeno empurrão. Com isso, as condições para superar o fosso da disparidade regional também dão passos significativos.

Frente a essa dinâmica torna-se contraproducente qualquer movimentação para tirar esse suporte do Nordeste. Falar em fundir o BNB com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é visto como falta de conhecimento da realidade regional. Desfazer-se do BNB e do FNE seria atuar contra os próprios interesses do Brasil. Tem gente que não se importa com isso, mas a Nação precisa ter todas suas partes funcionando sem deformidades de qualquer espécie para realizar seu projeto nacional.

Ombrear o Nordeste às regiões mais desenvolvidas significa dar ao Brasil a capacidade plena de se ombrear igualmente com os países mais desenvolvidos. Sem essa operação o Brasil será um país manco. O BNB e o FNE são os instrumentais indispensáveis para tal intento. Não são somente os nordestinos que sabem disso: estudiosos do tema concordam com essa conclusão.

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