Greve forte quebra intransigência e bancos voltam a negociar

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Especial Campanha Salarial 2015 – Número 6



Após 15 dias da greve nacional e unificada dos bancários, a Fenaban encaminhou mensagem na noite de ontem (19) ao comando nacional agendando negociação para essa terça-feira, às 16h, horário de Brasília. Os bancários, que construíram e estão mantendo uma greve forte e coesa não aceitarão nada menos que uma proposta digna e que faça jus ao que merecem, isto é, bem diferente da última apresentada, que propunha vergonhosos 5,5%. Foi a força desse movimento, de norte a sul do país – ontem já eram mais de 12.200 agências fechadas – que quebrou a intransigência dos patrões e forçou uma negociação.



No caso específico dos trabalhadores do BNB, além das cláusulas econômicas, espera-se que a gestão do Banco avance em respostas positivas às inúmeras demandas que se arrastam ano após ano – a exemplo do novo plano de cargos e remuneração; isonomia de tratamento; dignidade previdenciária e de saúde; reintegração dos demitidos; transparência nos processos de concorrência dentre outros.


É preciso que todos estejam conscientes de a força da greve e a postura firme do Comando é diretamente proporcional aos resultados que se esperam da negociação. Os trabalhadores estão fazendo a sua parte! A ordem é manter o movimento até que haja uma proposta decente. Assim, a AFBNB espera que o comando tenha uma postura firme e não decline de qualquer proposta, ainda mais por ser esta a primeira negociação após a deflagração da greve da categoria.



Durante o silêncio sepulcral que reinou até então, algumas iniciativas foram tomadas na perspectiva de que as negociações fossem reto­madas. Na semana passada, membros da Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação – CEBNN/CONTEC estiveram na sede da FENABAN, em São Paulo, para solicitar formalmente a reabertura das negociações. No Banco do Brasil, por ocasião da reunião do Conselho de Administração ocorrida ontem (19), a representante dos funcionários Juliana Donato entregou um documento ao Presi­dente da Instituição por meio do qual fundamenta as razões para a greve, a necessidade e a urgência em se discutir as questões especí­ficas e negociar independente da mesa única da Fenaban. Trata-se de uma atitude oportuna e im­portante, uma vez que os bancos públicos não podem ficar a mercê da Fenaban (responsável pelos bancos privados), pois são ligados ao governo federal e devem assumir o protagonismo nesse processo em relação aos seus trabalhadores.


Ofício ao Presidente do BNB

Na última sexta-feira (16) a AF­BNB encaminhou um ofício ao Presidente do Banco, também endereçado ao Presidente do Conselho de Administração e à Diretoria Administrativa e de Tecnologia da In­formação, por meio do qual fundamenta mais uma vez que a mobilização dos tra­balhadores da institu­ição se dá para além das questões econômicas, sendo estas de suma importância haja vis­ta a situação salarial, mas sobretudo pelas demandas específi­cas. (Veja documento)


Para a Associação, isso exige urgente­mente o protagonis­mo do Banco em ne­gociar neste sentido, sem a necessidade de continuar sob a am­arra da mesa única. Isto por uma razão simples, que não é demais enfatizar: o BNB é um banco pú­blico! É vinculado ao governo federal, não à Fenaban, que é “a dona dos bancos privados”. Logo, a responsabi­lidade das questões demandadas pelos funcionários do BNB é do próprio Banco, o que exige da sua gestão uma atitude autônoma e urgente neste sentido. E isso significa Nego­ciação já!


Apoio político

A Deputada Federal Alice Portu­gal (PC do B – BA) publicou um vídeo por meio do qual manifes­ta apoio à luta dos bancários em greve e cobra negociação já por parte dos bancos. O Deputado Daniel Almeida, do mesmo partido, fez pronunciamento na Câmara Federal manifestando solidariedade aos bancários e co­brou negociação urgente. Ambos os parlamentares apontaram que não há sentido nem justificativa para a intransigência e em não negociar, haja vista os altos lucros obtidos pelas instituições finan­ceiras a cada ano.


Bancários em greve!


A AFBNB está presente e apoia essa luta


 


Source: Notícias – 500

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