Greve nacional dos bancários: movimento cresce e incomoda

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A greve nacional e unificada dos bancários entrou no oitavo dia tendo mais de 11 mil unidades de trabalho fechadas, envolvendo agências e órgãos administrativos em todo o Pais.  Nos vários estados a mobilização se intensifica na perspectiva de que os patrões  (bancos privados e públicos) tenham a dignidade em negociar a apresentar condições para solucionar o problema.


Infelizmente, mais uma vez, algumas velhas práticas se reproduzem,  mensagens e tentativas de intimidar o movimento voltam a acontecer, inclusive pedidos de interdito proibitório, o que é inadmissível  e lamentável, pois a greve é um direito constitucional e que só acontece quando os trabalhadores são levados a fazê-la, ou seja, quando os patrões negam os seus diretos, exatamente  o que acontece hoje com os bancários, com uma proposta miserável de 5,5% de reposição e a retomada da famigerada política de abono.


No Banco do Nordeste do Brasil (BNB), por exemplo, na última sexta feira (9) encaminhou para aos funcionários uma mensagem na qual se diz estar preocupado com as negociações, fazendo um apelo para as lideranças sindicais respeitarem o direto de “ir e vir” dos funcionários, demonstrando preocupação  com os negócios do Banco, jogando toda a solução dos problemas na mesa da Fenaban.


A Associação lamenta profundamente esse tipo de atitude do Banco, pois o teor da nota  soa como uma insinuação ao recuo do movimento e  intimidação a quem democraticamente exerce seu direito cidadão à greve, bem como também pretende imputar a quem participa da greve a pecha de não estar preocupado com os negócios do Banco.  Além disso também revela o pouco caso, de fato, com os rumos da greve, pelo menos satisfatoriamente, pois foge da sua obrigação na qualidade de patrão ao depositar todas as fichas nas mãos da Fenaban, que é uma entidade voltada para os bancos privados.


Se de fato o Banco quer demonstrar preocupação, que mude sua postura, procure as entidades representativas, negocie as questões especificas e dialogue com os trabalhadores. Assim sendo, mostraria seu real interesse em reverter a conjuntura apresentada. Por seu turno os trabalhadores devem manter a firmeza, mobilizados, coesos, unidos e recrudescer a greve para quebrar a intransigência e assim ser restabelecido o processo de negociação  o quanto antes e que seja positivo.


Negociação já!


Bancários em greve.


 A AFBNB está presente e apóia essa luta!


Source: Notícias – 500

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