Mídia concentrada prejudica democracia

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Estudo feito pela Intervozes revela que o Brasil detém os piores indicadores para a pluralidade da mídia entre 12 países em desenvolvimento analisados. A pesquisa mapeou 50 veículos e redes de comunicação em quatro segmentos, sendo 11 redes de TV (aberta e por assinatura) 12 rádios, 17 veículos de mídia impressa (jornais e revistas semanais) e 10 veículos online que exercem função de portal de notícias. Com base em índices de audiência, a pesquisa se baseia no poder de influência que essas mídias têm sobre a opinião pública.


O estudo avalia indicadores como: proteção legal contra concentração de audiência, controle político de emissoras, controle político do financiamento e transparência na propriedade. O Brasil aparece no pior lugar entre os 12 países estudados. Os dados afirmam que a liberdade de expressão sofre alto risco, devido ao grau de concentração de imprensa.


A mídia mais consumida pelos brasileiros é a TV, detentora de 71,1% do total de audiência. Globo, SBT, Record e Band também detêm as editorias dos maiores portais de noticias na internet e dos jornais de maior tiragem no Brasil. O alto índice de concentração de mídia, que aparenta ser diverso, na verdade são dos mesmos grandes grupos. Dessa forma, compromete a pluralidade das informações passada para o ouvinte/leitor final, fornecendo apenas uma versão das notícias.


O governo federal é o maior anunciante na TV e nos demais veículos, o que garante predominância da versão oficial em matérias de interesse do grupo que detém o poder. Toda a programação é feita para atender e responder aos apelos do mercado. Tudo feito para não desagradar o grande empresariado e os políticos.


Entre as 26 maiores redes, nove pertencem ao grupo Globo, cinco à Bandeirantes, outras cinco à Record, quatro pertencem ao grupo regional RBS, da região Sul, e três pertencem ao Grupo Folha. Os veículos controlados pela Globo atingem uma média total de 48,86% da audiência do país. Ou seja, um grande risco para a democracia. 


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