Opinião – Greve dos bancários: Não ao golpe do acordo por dois anos! Por negociações positivas e específicas já!

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* Por Dorisval de Lima


A insensibilidade patronal – banqueiros e governo – parece mesmo não ter limites. Após um silêncio sepulcral de mais de duas semanas desde a última negociação, em demonstração do descaso com as justas reivindicações dos trabalhadores e com a própria população, não tiveram o menor pudor em mais uma vez não apresentarem melhoria na proposta rebaixada de 7% mais uma verba de R$ 3.300,00 a título de abono durante uma rodada de negociação que aconteceu por toda a tarde de ontem (27), proposta considerada irrisória, por isso mesmo prontamente rejeitada pela categoria.


 Pior ainda. Não satisfeitos com os super lucros que acumulam ano após ano, com crise ou em crise, à custa do trabalho árduo dos empregados e da extorsão da sociedade por meio de altíssimas tarifas e taxa de juros, além de insistirem em reduzir os salários ao se negarem a repor sequer a inflação do período ainda tiveram a desfaçatez de apresentar uma proposta de acordo com validade para dois anos. Nada mais, além disso.  Assim, a reunião foi suspensa, ficando agendada a continuidade para hoje (28), 15 horas.


 Caso permaneça tal intransigência, ou seja, se os patrões não se dignarem a apresentar melhorias substanciais e insistirem no engodo do acordo por dois anos, cumpre ao comando de negociação rejeitar a proposta de imediato, sem a necessidade de submeter às assembleias.


 Um fator fundamental também é a urgência na retomada das negociações específicas com os bancos públicos haja vista a gama de demandas pendentes, as quais são postergadas há anos, e que em nenhum momento algum são postas na mesa única, exatamente por ser de responsabilidade das diretorias desses bancos, e não da Fenaban, entidade que responde pelo setor privado. Assim, cumpre aos respectivos comandos fazerem a devida cobrança neste sentido.


 A GREVE deve continuar firme e ser intensificada até que a arrogância patronal seja quebrada. O poder de organização da classe trabalhadora e a força do movimento paredista são maiores do que a truculência e a ganância dos detentores do capital e do poder. Por isso há de cumprir o seu papel histórico para obter conquistas gerais da categoria e específicas de cada banco.


 Neste sentido, é necessário que os colegas que ainda não aderiram à greve reflitam, se solidarizem com a maioria e venham para a luta, pois os motivos que justificam a greve são os mesmos para todos, independente do posto que ocupem. Todos são explorados, se não na mesma intensidade, sim em escala ou proporção diferentes. É desse jeito no mundo do capital. Organizar, resistir e lutar para conquistar! A greve continua! “Só a luta muda a vida”.


*Diretor de Comunicação e Cultura


Source: Notícias – 300

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