Sobreviver à pandemia é mais difícil para pretos

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O impacto da covid-19 é maior entre os quase 119 milhões de brasileiros pardos ou negros. Segundo estudo divulgado essa semana pelo Instituto de Pesquisa Locomotiva, esse grupo que representa 56% da população do país, além do tratamento truculento da polícia e da segregação estrutural, têm mais dificuldades para se adaptar ao que vem sendo chamado de “novo normal”: apenas um terço (38% parda; 34% preta) tem computador em casa para acompanhar as aulas à distância com um mínimo de eficiência; entre os 23% da população com algum tipo de plano de saúde, apenas 19% são negros.

O grupo também é o que gera maior demanda por auxílio do governo: entre as pessoas que solicitaram auxílio emergencial, 43% são negros e 37% não negros. Essa proporção se inverte na taxa de aprovados: 81% dos não negros conseguiram o auxílio, enquanto entre os negros, apenas 74% foram aprovados. Por tudo isso, e pelas dificuldades históricas que enfrentam e que aparecem nesse estudo, as famílias negras são maioria também entre aquelas em que a renda diminuiu, as contas deixaram de ser pagas e que tiveram dificuldades para comprar produtos de higiene e limpeza.

Dos 119 milhões de negros e pardos brasileiros, apenas 29% tinham alguma reserva quando a pandemia atingiu o País e destes, em junho, 35% já tinham usado tudo (12%) ou quase tudo (23%) do que tinham conseguido guardar. A pesquisa foi feito por encomenda da Central Única das Favelas.

Trabalhadores não negros ganham
76% a mais que trabalhadores negros
Apenas 8% dos homens negros e 13% das mulheres negras têm ensino superior

CLIQUE AQUI para acessar a pesquisa completa

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