20 de novembro: Viva a luta do povo negro brasileiro!

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Nesta quarta-feira (20/11) o Brasil celebra o já tradicional Dia da Consciência Negra, data estabelecida para relembrarmos a luta de Zumbi dos Palmares na resistência contra a escravidão, mas também para que a sociedade possa refletir sobre todas as formas de violência e opressão sistemática contra a população negra brasileira e o racismo que perpassa as relações sociais, tristemente, ainda hoje no país.

Trata-se não apenas de um feriado, oficializado já no atual Governo, mas também uma oportunidade para que os movimentos sociais, partidos e sociedade civil organizada possam dar voz a negros e negras que diuturnamente convivem com os mais diversos desafios.

Na área da segurança, segundo o boletim “Pele Alvo: mortes que revelam um padrão”, apenas no Ceará, a população negra é oito vezes mais assassinada que pessoas brancas em ações policiais no Estado. Já no tocante ao mercado de trabalho, apesar de corresponderem a maioria da população ocupada em 2022, com 54,2% do total, pretos e pardos tiveram rendimentos menores em comparação aos trabalhadores brancos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A mortalidade infantil e materna também estão presentes, principalmente, na vida das mulheres negras. Segundo a Secretaria de Políticas de Ações Afirmativas da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) do Governo Federal 41,5% das mulheres negras com mais de 40 anos nunca fizeram mamografia.

Estas são apenas algumas nuances e retratos que revelam o enorme desafio na vida das pessoas negras, dados que desconstroem o mito da chamada “democracia racial” brasileira. Trata-se, portanto, de uma herança nefasta que se arrasta ao longo de nossa história e que segue até hoje produzindo vítimas, seja nas ruas, nas prisões, nos hospitais e nas instituições que deveriam proteger e zelar por suas vidas. O povo negro quer viver!

Viva o 20 de novembro! Viva a luta das negras e negros do Brasil.

Por mais justiça, igualdade e paz!

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