A divulgação do balanço de 2022 do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), no dia de hoje, é um alento em meio ao desinvestimento geral ocorrido no país nos últimos anos. Pelos números apresentados, não só houve recorde de desembolso do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), como também no lucro líquido, que alcançou a marca histórica de R$ 2,015 bilhões, sendo o maior na história de 70 anos do Banco.
Por trás dessas milhões de operações feitas com recursos públicos, com destaque para o FNE; dos bilhões aplicados em todos os estados da área de atuação do Banco; dos financiamentos em diversas áreas e para clientes de diferentes portes – do microcrédito urbano e rural à agroindústria, da energia renovável às startups – existe a experiência e o compromisso de homens e mulheres com a missão do BNB enquanto banco de desenvolvimento.
Os números sem dúvida são motivos de alegria, mas são as pessoas por trás deles que devem ser festejadas, reconhecidas e por isso mesmo valorizadas em todos os aspectos! Em que pese terem passado pela pandemia e por todas as suas consequências, tanto na vida privada quanto no âmbito do trabalho, esses trabalhadores mostraram (mostram) competência e, mais do que isso, comprovam que o BNB segue mais do que nunca apto a gerir os recursos do FNE de forma exclusiva, tantas vezes atacado por projetos de lei e medidas provisórias visando o contrário.
E como festejá-los? Trabalhador gosta de reconhecimento público sim, mas, mais ainda, de direitos respeitados e tratamento digno no dia a dia. São elas e eles que carregam a responsabilidade do cotidiano; que são a personificação do Banco junto aos clientes e que precisam se reinventar para driblar os ainda persistentes problemas de tecnologia, carência de mão de obra na instituição, recursos humanos e de outras ordens.
Por isso, no âmbito interno, é urgente que demandas pautadas pela AFBNB de assédio, pressões desmedidas, falta de transparência em processos internos sejam tratadas de maneira urgente e eficiente pela gestão do Banco. Por outro lado, do ponto de vista institucional, urge ao governo federal tratar o BNB com o respeito que merece. Isso se reflete em políticas públicas que contemplem a questão regional; em mais recursos para o Banco; no asseguramento da operacionalização do FNE; no aumento da capilaridade e de pessoal e, sobretudo, no reconhecimento por toda uma história de 70 anos em prol do desenvolvimento regional.
Um viva a todos e todas que fazem o BNB, aos de ontem, aos de hoje e aos que virão!