O XXIII Congresso Nacional dos Funcionários do BNB está marcado para os dias 7 e 8 de julho próximo, na cidade de Salvador (BA). A mobilização para o evento, no entanto, deve se dar desde agora, na preparação dos encontros estaduais. Ou seja, quanto mais transparente e participativo for o trabalho de base nos estados, maiores as chances de o evento atender ao que anseiam os trabalhadores do BNB.
Embora o acordo coletivo vigente tenha validade por dois anos (2016/2018), conforme celebrado na campanha salarial do ano passado, a pauta e a luta da categoria não poderão ser esvaziadas. Muito pelo contrário! Pode até reduzir o foco exclusivo nas cláusulas econômicas – viés sempre lembrado e cobrado pela AFBNB – e centrar com maior ênfase nas questões específicas que afetam o trabalhador do BNB e que, diretamente e indiretamente, acabam repercutindo financeiramente… Isto soa como algo positivo, pois pode permitir a melhor compreensão e consciência política quanto à importância da organização e da luta da classe.
Daí a necessidade de exposição das incongruências no BNB quanto aos Recursos Humanos. Neste sentido é fundamental reafirmar a urgência da solução dos graves problemas históricos: plano de cargos de remuneração (PCR), isonomia de tratamento, dignidade previdenciária, saúde, condições de trabalho/infraestrutura das agências e demais unidades, trabalho gratuito, carência de pessoal/convocação dos aprovados em concurso, reintegração dos demitidos, etc.
É oportuno inserir no debate os assuntos institucionais que afetam o BNB, e consequentemente o seu corpo funcional, como os constantes ataques ao FNE e a interferência política na gestão do Banco, que expõe a instituição a instabilidades e vulnerabilidades. Nesse sentido é imperativo reafirmar a luta pelo fortalecimento do BNB e seus instrumentos de desenvolvimento regional como o FNE e outros recursos.
Os desafios do BNB são inúmeros e precisam ser discutidos pelos maiores interessados: seus trabalhadores! Não é demais lembrar que é um fórum de trabalhadores do BNB; que não é um fórum deste ou daquele segmento político, desta ou daquela central sindical! Por isso mesmo deve contemplar funcionários de toda a área de atuação do Banco, de todas as bases sindicais, portanto! É fundamental que os sindicatos elejam os delegados em fóruns democráticos, amplamente divulgados, com transparência e mobilização de base.
O caminho é mobilizar, no melhor significado do dicionário: “Convocar insistentemente pessoas a tomarem parte de atividade social, política etc., com determinação e garra”. Mobilizar para as batalhas internas do Banco, mas sem esquecer as lutas nacionais, que unem todos os trabalhadores brasileiros, a exemplo do contraponto às reformas trabalhista e previdenciária em curso. O momento exige de todos nós a máxima participação e a máxima unidade.
Até o fechamento desta matéria, confirmamos a realização dos encontros estaduais dos seguintes sindicatos: Ceará (27/5), Piauí (27/5), Bahia (17/6) e Maranhão (24/6, em Imperatriz). Informe-se em seu sindicato e participe!
