Mesmo com a alta do desemprego no país, que atinge quase 15 milhões de pessoas, o número de desligamentos por pedido do empregado no setor bancário aumentou nos últimos meses. A quantidade de demissões por pedido no início da pandemia causada pelo coronavírus até outubro de 2020 representava em média um quarto do total dos desligamentos.
Para o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico), um dos principais motivos para o pico de 65,4% de pedidos das demissões em dezembro do ano passado é o esgotamento dos trabalhadores por conta de pressões com metas abusivas. Apesar do lucro bilionário, os bancos sempre cobram mais resultados dos bancários.
Nos últimos dois meses, superou 40% do total de desligados. Ou seja, para cada 10 desligamentos quatro foram motivados por iniciativa do trabalhador. Foram mais de 15 mil pedidos de demissão nos últimos 12 meses. A realidade nas agências é de funcionários esgotados pela redução no quadro de pessoal pelo excesso de trabalho e doentes.