Concentração agrava pobreza

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A nocividade do projeto ultraliberal de Trump, Milei, Bolsonaro e outros fica evidente no relatório da Oxfam, que denuncia o aumento global da concentração de renda. Em 2024, 204 novos bilionários surgiram no mundo, enquanto 1,1 bilhão de pessoas enfrentavam a pobreza em diversos níveis.

Os números revelam que os bilionários enriqueceram a um ritmo três vezes maior do que em 2023, acumulando fortunas diárias que ultrapassam US$ 2 milhões por pessoa. No Brasil, a desigualdade se reflete na convivência entre milhões, que enfrentam a fome, e uma elite de menos de 100 pessoas que detêm mais de R$ 146 bilhões.

O cenário é alimentado por um sistema tributário regressivo, que penaliza os pobres, enquanto facilita a acumulação desenfreada dos super-ricos. A evasão fiscal, a elisão tributária e os privilégios herdados apenas consolidam a concentração de riqueza, aprofundando a disparidade econômica e social.

A extrema pobreza é apenas a ponta do iceberg. A Oxfam revela que a desigualdade está intrinsecamente ligada à arquitetura econômica mundial, que beneficia o Norte Global, em detrimento do Sul. A falta de políticas redistributivas, aliada a manutenção das estruturas coloniais, só perpetua um sistema em que poucos prosperam enquanto bilhões lutam pela sobrevivência. São os efeitos da agenda ultraliberal que agrava a concentração.

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