Encontro destaca saúde dos bancários como prioridade

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Como o dia a dia dos bancários é de estresse, sobrecarga de trabalho, pressão para o cumprimento de metas e assédio moral, é cada vez mais comum os relatos de adoecimento psicológico na categoria. A Síndrome de Burnout e a depressão levam ao afastamento do trabalhador.

O ambiente de competição dentro dos bancos, além das reestruturações, demissões, fechamento de agências e corte de função com redução salarial, colabora para esta triste realidade de adoecimento.

Por conta disso, a diretora de Saúde da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Andreia Sabino, destacou a importância do debate sobre o tema no Encontro de Saúde, na noite desta quinta-feira (12/05), por videoconferência. O evento contou com cerca de 150 participantes.

A pandemia potencializou o estresse no trabalho. Os efeitos podem aparecer e permanecer por um tempo prolongado como ansiedade e depressão, que favorecem o surgimento da Síndrome de Burnout (esgotamento físico e psicológico). Entre os bancários não seria diferente. Foi o que reforçou a médica do trabalho do CESAT Suerda Fortaleza de Souza durante o Encontro de Saúde dos Bancários da Bahia e Sergipe.

Além de mostrar que muitas vezes os afastamentos previdenciários dos bancários não são contabilizados como acidente de trabalho, a médica apresentou dados sobre as sequelas da Covid-19 na categoria. A pesquisa da Unicamp com empregados que foram contaminados pela doença mostrou que 64,90% estavam trabalhando presencialmente, 24,70% estavam em home office e 9,20% em regime misto. No total dos entrevistados, 74,60% trabalhavam com atendimento ao público e 25% na área administrativa.

O diretor de Saúde do Sindicato dos Bancários da Bahia, Célio de Jesus, e a psicóloga Juliete Barreto falaram sobre o Programa Acolhimento, em desenvolvimento no Departamento de Saúde do SBBA. Destacaram a necessidade da conscientização, acolhimento e combate ao adoecimento mental no ambiente bancário.

O conceito de qualidade de vida com destaque no trabalho feito pela OMS (Organização Mundial da Saúde) foi detalhado pela médica do trabalho Giselle dos Anjos. Ela apontou que um dos desafios para a qualidade de vida no trabalho a construção de um espaço organizacional que promova a valorização dos trabalhadores como sujeitos do seu trabalho. Também indicou a prática das pranayamas, prática de medicação e um dos primeiros passos para a meditação, como mecanismo para amenizar estresse, ansiedade, angústia e agitação.

 

Fonte: Feebbase

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