A AFBNB participou de reunião entre o Conselho Deliberativo da CAMED e entidades representativas na última quinta-feira (9). O objetivo do encontro foi dar continuidade às discussões iniciadas na reunião realizada no último dia 8 de setembro, no Passaré, sobre temas e demandas relacionados aos desafios atuais da Caixa e de seus beneficiários. A AFBNB foi representada pelos diretores Assis Araújo, Técio Sobral, Francisco Ribeiro (Chicão) e pela conselheira Valéria Silva.
Os participantes enalteceram a realização de mais um encontro como forma de reforçar os debates sobre os temas da Caixa e a construção de uma pauta conjunta que atenda aos anseios dos trabalhadores e de suas famílias. Um dos temas iniciais do encontro foi a situação de endividamento e o próprio modelo contributivo da Caixa, que tem afetado os beneficiários e seus familiares.
Nesse sentido, foi apresentada uma proposta para recálculo do endividamento, que deve reduzir os impactos financeiros, principalmente para os aposentados, com uma redução de valores estimada em mais de 3 milhões e 800 mil reais, atingindo mais de 4.300 pessoas. Em seguida, discutiu-se como tais condições podem impactar o equilíbrio financeiro da Caixa, além de ampliar o debate acerca do atual modelo contributivo, considerando os cenários futuros de médio e longo prazo. O assunto já havia sido pautado em reunião anterior e é cobrança constante da Associação.
Assis Araújo pontuou a necessidade de que o patrocinador esteja no foco das demandas em relação à CAMED: “O patrocinador deve ser o centro das cobranças, para que ele cumpra com suas responsabilidades, aumentando a contribuição do Banco, que é o que interessa para a sustentabilidade da Caixa. O Banco tem que contribuir, por exemplo, com a questão da prevenção, inclusive de familiares, o que pode diminuir os custos da CAMED”, apontou.
Valéria Silva destacou a importância da isonomia em relação a uma CAMED plena para os ingressantes após o edital/concurso de 2018. Como mencionado na reunião anterior, trata-se de uma questão de isonomia para os funcionários. “O Banco não tem os instrumentos legais para manter isso, mas vem mantendo. Dessa forma, não vale a pena, para quem ingressa, manter um plano durante toda a vida laboral e, após a aposentadoria, pagar mais caro”, afirmou Valéria. Esse ponto também foi enfatizado por Técio Sobral em suas abordagens.
A Diretoria da CAMED apresentou um balanço das ações voltadas à saúde mental dos assistidos, como a realização de eventos interativos com funcionários e dependentes nas capitais — a chamada “Blitz do Cuidado” —, suporte com atendimentos virtuais e projetos que devem ser apresentados futuramente, com o objetivo de atender a essa demanda específica.
Os diretores Assis Araújo e Francisco Ribeiro avaliam que o encontro foi positivo. “Há muitas questões que deixam de lado a base mais distante dos grandes centros, em prol de sugestões que beneficiam o próprio empregador, mas, do ponto de vista do debate, foi importante, principalmente em relação ao ‘30-70’, além da discussão sobre a falta de isonomia do edital de 2018”, destacou Chicão.
“Vejo como positivo o esforço do Conselho para que possamos construir uma saúde coletiva, um espaço para combatermos ideias individualistas, pró-mercado, de exclusão de pessoas ou grupos. Os debates em torno da saúde mental também são positivos”, avaliou Assis.
A próxima reunião deve acontecer no mês de dezembro. A AFBNB seguirá acompanhando de perto os desdobramentos dessas reuniões, ao mesmo tempo em que continuará cobrando do Banco e da CAMED iniciativas que beneficiem a Caixa e seus beneficiários.









