Após os fóruns da categoria em todo o país, encontros específicos por bancos, encontros regionais e conferência nacional, os bancários entregaram as pautas de reivindicações aos patrões (bancos privados e públicos) e iniciaram as negociações com vista à celebração da Convenção Coletiva de Trabalho e dos acordos coletivos por banco.
Decorrido mais de um mês desse processo, as negociações não evoluíram, tendo os patrões se limitado a uma única proposta de reposição salarial em 5,5% mais um abono de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais). Trata-se de uma proposta pra lá de miserável, bem distante do ganho dos bancos, os quais à custa de muita exploração dos empregados, das facilidades obtidas pela especulação financeira e por altas tarifas e taxa de juros impostas à população, tiveram um lucro de R$ 33,6 bilhões no primeiro semestre desse ano em comparação ao mesmo período do ano passado, o que representa um incremento na ordem de 17,9% – tomando por base apenas os cinco maiores bancos – Itau, Bradesco, Santander, Caixa e Banco do Brasil. Isso confirma que para esse setor, que é o que mais lucra no país, não existe crise. Muito pelo contrário, só tem facilidades… (Confira esses e outros dados na pesquisa do Dieese aqui)
Por tratar-se de provocação, desrespeito e demonstração do descaso com que os patrões tratam os construtores da sua riqueza, os bancários rejeitaram a desprezível proposta e deflagraram uma greve nacional e unificada a partir do último dia 6 de outubro, com o objetivo de quebrar a intransigência patronal e estabelecer um processo de negociação em condições melhores, ou seja, no sentido de que os bancos apresentem uma proposta digna, merecedora de análise e aceitação. Hoje, nono dia de greve, ainda não há sinais de retomada das negociações.
A AFBNB presente
Desde o início do movimento paredista a AFBNB tem se inserido, como tem se pautado todos os anos, na perspectiva de fortalecer a luta, indo aos diversos locais de trabalho, dialogando com a base, se somando aos sindicatos para que assim seja possível a obtenção de avanço e conquistas. Assim, a Associação tem elaborado matérias, notas e demais peças, a exemplo do “cordel da campanha salarial/greve”, com informações acerca do movimento geral, mas também com ênfase para as demandas específicas as quais refuta urgente, e que o BNB não pode continuar deixando de lado, nem o comando de negociação pode mais cair na cantilena de postergar, pois o esquecimento só favorece o patrão e contribui para aumentar a insatisfação e a angústia da base.
Neste sentido, a Associação tem cobrado a retomada das negociações fundamentando que o BNB não pode permanecer indiferente aos clamores dos seus funcionários, expressos mais uma vez no alto nível de adesão à greve. Isto porque a responsabilidade da greve na instituição é do próprio Banco, não da Fenaban (responsável pelos bancos privados), cabendo a este buscar solução urgente, ou seja, sair da condição de avestruz e assumir o papel de protagonista, ou seja, negociar o que é de sua peculiaridade com os seus trabalhadores.
Negociação já!
Confira abaixo as matérias já publicadas sobre a greve.
No site da AFBNB tem um banner o qual disponibiliza artes que podem ser utilizadas em cartazes/faixas de mobilização da categoria. Clique aqui
Source: Notícias – 500