Mais de 70% dos bancários consideram muito importante defender os bancos públicos

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Na consulta Nacional dos Bancários, a categoria também se posicionou contra a reforma da Previdência que fará a desigualdade social no Brasil aumentar

A defesa dos bancos públicos é classificada como muito importante para 72% dos bancários e como importante para 17%. Foi o que apontou a Consulta Nacional dos Bancários, realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) com a categoria. A pesquisa indica ainda que 76% dos trabalhadores se posicionaram contra a Reforma da Previdência e 82% acreditam que as mudanças farão a desigualdade social no Brasil aumentar.

Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa(Fenae), Jair Pedro Ferreira, a categoria bancária reconhece a relevância dos bancos públicos no desenvolvimento econômico e social do país e de que os trabalhadores dessas instituições contribuem para o fortalecimento da luta da categoria bancária por melhores condições de trabalho.

“Estão fechando postos de trabalho e agências. Sem os bancos públicos não vamos ter emprego. Querem tirar o FGTS da Caixa e levar para os fundos de mercado, e quem vai perder são todos os trabalhadores e trabalhadoras”, disse o presidente da Fenae durante a abertura da Conferência Nacional dos Bancários, ocorrida na sexta-feira (2).

Os principais resultados da Consulta Nacional dos Bancários foram apresentados na manhã deste domingo (4), no início dos trabalhados do último dia da 21º Conferência Nacional dos Bancários.

“A consulta dos bancários é importante para orientar o nosso trabalho de base, fundamental na luta em defesa das nossas principais bandeiras. Com esses dados, sabemos quais os assuntos e quais abordagem devemos ter no dialogo cotidiano com os bancários”, afirmou Gustavo Tabatinga, secretário-geral da Contraf-CUT.

A pesquisa, realizada na base das 10 federações representadas pelo Comando Nacional dos Bancários, do início de abril ao final de maio, mostra que 79% discorda com a alteração que o governo propõe na Previdência Social, que, além de instituir a idade mínima, aumenta o tempo mínimo de contribuição para 20 anos e exige 40 anos de contribuição para receber o benefício integral. Outros 6% não souberam opinar.

“Essa consulta demonstrou mais do que a insatisfação dos bancários com a reforma da Previdência, mostrou que os bancários dominam o tema e estão prontos e mobilizados para a luta”, garantiu Tabatinga.

O número é ainda maior quando o questionamento é sobre a redução dos valores dos benefícios para idosos pobres, 88% discordam e 6% não sabem opinar. Sobre a extinção do regime solidário e a implementação do regime de capitalização individual como modelo básico para a Previdência, 69% da categoria discordam e 16% não sabem opinar.

A maioria da categoria, 78%, também é contra o aumento da idade mínima e o tempo de contribuição para que as mulheres se aposentem.

Metas

Quando o tema da pergunta é a pressão pelo cumprimento de metas que leva muitos bancários ao adoecimento e, consequentemente, a fazer uso de medicação controlada, 54% dos que responderam conhecem alguém que já fez uso de medicação e 32% revelaram que já usaram.

 

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