Por que as elites querem acabar com os sindicatos?

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No  capitalismo a regra é o lucro máximo no prazo mínimo para gerar ainda mais concentração de renda. E para isso, precisam destruir os direitos trabalhistas e os sindicatos que lutam para mantê-los. Para Lucrar cada vez mais.

Após a Reforma Trabalhista, está claro que aquela suposta autonomia dos trabalhadores para negociar direitos com os patrões não corresponde a realidade. A diminuição do papel dos sindicatos nas negociações desestabiliza o poder de negociação dos trabalhadores, tornando esse processo ainda mais desigual. Para fragilizar o poder de negociação dos trabalhadores.

As elites conhecem a força da solidariedade entre os trabalhadores e por isso estimulam a competitividade e o individualismo. Uma das maneiras de fazer isso é acabando com os sindicatos, porque o movimento sindical trabalha pela coletividade. Para dividir a Classe Trabalhadora.

Além de conquistar direitos, os sindicatos são os responsáveis por garantir que eles sejam cumpridos. Os patrões não gostam dessa vigilância. Diminuindo a força das entidades sindicais, as empresas aproveitam para descumprir leis trabalhistas e forçar seus empregados a aceitar condições degradantes de trabalho.  Para Diminuir a vigilância.

A luta por direitos envolve sempre um processo de formação política. Atacando os sindicatos, os patrões conseguem impedir o desenvolvimento do pensamento crítico dos trabalhadores, o que auxilia os poderosos na manutenção da superexploração. Quem não conhece seus direitos não luta por eles, e isso é bom para os patrões. Despolitizar a Sociedade.

Enquanto os poderosos contam com uma grande estrutura que lhes garante poder, a arma dos trabalhadores é a coletividade. O sindicato é fundamental para organizar a luta por direitos e por melhores condições de trabalho. Os patrões atacam os sindicatos para diminuir o poder de mobilização dos trabalhadores. Para Diminuir o poder de resistência

Os sindicatos têm um papel central na organização de lutas que vão além das pautas trabalhistas. A resistência ao desmonte do Estado e ao avanço do conservadorismo, por exemplo, também são tarefas do sindicalismo. Sem essa mobilização, os patrões e as elites conseguem exercer cada vez mais controle sobre o futuro da sociedade. Reprimir lutas sociais.

A consciência dos cidadãos está sempre em disputa. Os segmentos sociais se organizam para mostrar às pessoas o que é ou não é correto. Quando as elites enfraquecem o poder dos sindicatos, elas conseguem impor a sua visão de mundo. Disputar a hegemonia.

Os ataques aos sindicatos costumam vir marcados por uma intensa campanha difamatória repleta de mentiras e boatos. Com essa estratégia, as elites tentam aumentar um descontentamento artificial contra os sindicatos que lutam por direitos e justiça. Perpetuar a desiguldade na sociedade.  Para Estigmatizar quem luta.

Seis bilionários brasileiros têm a mesma riqueza que os 100 milhões mais pobres do país. Esse cenário revoltante não é obra do acaso. A extrema desigualdade no Brasil é um projeto das elites, cientes de que mais exploração da classe trabalhadora é sinônimo de mais lucro para elas. Acabar com os sindicatos é perpetuar esse projeto de sociedade. Para perpetuar a desigualdade.

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