Opinião – A Greve Geral de 14 de junho é fundamental para o Brasil

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Por Assis Araújo

O Brasil foi sacudido no mês de maio por duas grandes manifestações, o 15M e o 30M, ambas em defesa da educação – mais precisamente das universidades, cruelmente atacadas pelo governo Jair Bolsonaro, de ultradireita, que tem por objetivos: privatizar as instituições públicas; vender o patrimônio do povo brasileiro; destruir o direito de se aposentar; e, dentre tantos outros, atacar os trabalhadores e suas organizações de classe como forma de facilitar o caminho aos interesses da classe hegemônica do capital, seja nacional ou do imperialismo.

Professores, técnicos, comunidade, corpo discente, foram às ruas e demonstraram que não apenas sabem multiplicar, já que eram multidões, mas que também entendem de probabilidade. O cálculo elementar é que dada as mesmas condições de temperatura e pressão, teremos uma forte greve em 14 de junho como resposta dos trabalhadores à tentativa de implantação de um modelo vergonhoso de “aposentadoria”, cujos maiores prejudicados serão os mais pobres, e cujos maiores beneficiados serão os bancos, que passarão a contar com uma capitalização compulsória de cada trabalhador, sem a contrapartida dos patrões – o melhor negócio!

Aliás, para se ter uma ideia de como o setor financeiro não passa por dificuldades, basta dizer que os quatro maiores bancos do Brasil tiveram no primeiro trimestre de 2019, R$ 20 (vinte) bilhões de lucro. Se projetar ao ano, atingirão a soma estrondosa de R$ 80 (oitenta) bilhões, é mole? No entanto, fecham agências, demitem, assediam trabalhadores, etc, tudo em nome da crise, que eles produzem e querem nos fazer pagar.

Fato é que a classe trabalhadora vai percebendo os golpes e segue se organizando para dar a resposta que capitalista algum resiste. No cruzamento de braços a produção despenca próximo a zero; quando enfim chegamos ao ponto de consciência máxima – toda a riqueza é obra dos trabalhadores, se curvem!

A partir das centrais e sindicatos organizados, operários da construção civil, professores, motoristas e trocadores, petroleiros, bancários, etc., já estão realizando assembleias e deliberando pela Greve Geral em 14J. Dizer não à “Deforma” da Previdência é fundamental; exigir respeito aos trabalhadores e aposentados é necessidade de ontem.

Trabalhadores Unidos jamais serão vencidos!

Viva a luta da classe trabalhadora!

Assis Araujo é Diretor da AFBNB e membro da Resistência (Psol)

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