A AFBNB encaminhou ofícios ao Banco nos quais faz contraponto e reivindica a reversão de medidas que considera prejudiciais aos trabalhadores. Os documentos se referem à decisão de desconto dos dias remanescentes do período de pandemia, haja vista ainda haver pendências para regularização por parte dos funcionários.
No outro documento a Associação aborda a descontinuidade de contratos que a Instituição mantinha com empresas que prestavam mão de obra terceirizada nas centrais que tem ocasionado sobrecarga de serviço nas agências, uma vez que atribuições pertinentes foram transferidas para as mesmas.
Veja abaixo os documentos enviados:
Assunto: Horas trabalhadas na pandemia
Prezada Diretora,
Considerando a atual existência de um banco de horas negativo para os funcionários do BNB, ainda decorrente do período relativo à Pandemia, fazemos as considerações a seguir, com base nas reivindicações que a AFBNB tem recebido diante da medida ora adotada.
É oportuno contextualizar que a situação de pendência sobre as referidas horas se aplica a 39 funcionários, conforme registro feito durante reunião entre a AFBNB e o Banco, ocorrida no dia 30 de novembro último. Na ocasião, a Associação reiterou a demanda por uma solução adequada sem danos aos trabalhadores. Na ocasião o Banco manifestou que preferiria a política de pagamento parcelado, sem, no entanto, informar em que formato isto ocorreria.
No entanto, no dia de ontem (4/12), os trabalhadores em questão receberam mensagem oficial com a decisão de que será realizado o débito correspondente na folha de dezembro, fato que consideramos um “verdadeiro cavalo de Tróia” e uma decisão deveras lamentável!
Não é demais lembrar que os dias pendentes decorrem de uma “situação de guerra, de morte”; de uma pandemia, em que todo o mundo foi obrigado a tomar medidas preventivas no sentido de salvar vidas; que a realidade no BNB, da mesma forma que em todos os órgãos da Administração pública (e privada) se deu com base em medidas e do Próprio Governo Federal.
Dessa forma, a AFBNB expressa desacordo com o encaminhamento que foi direcionado e ratifica a demanda por uma medida prudente, com flexibilização, que não ocasione danos aos funcionários. Não é razoável transformar o período Natalino de quem passa o ano se dedicando aos resultados do Banco, tocando o trabalho sem medir esforços, em período de frustração e terror.
Solicitamos, nesse sentido, para que haja bom senso, espírito humano e elo com os tempos democráticos porque tanto lutamos.
Desde já, colocamo-nos à disposição e agradecemos a atenção.
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Assunto: Sobrecarga de trabalho nas agências do BNB
Senhor Presidente,
Dirigimo-nos a esta diretoria para abordar questão que tem causado inquietação entre funcionários do BNB. Tal preocupação se refere à descontinuidade de contrato que o BNB mantinha com uma empresa que prestava mão-de-obra terceirizada nos serviços das Centrais. Conforme relatos, o fato acarretou significativo déficit da mão de obra e, por consequência, prejuízos ao andamento das atividades pertinentes.
Em decorrência dessa situação, consta que as atividades estão sendo remetidas para as agências, como as atribuições da Central de Cadastro, sem, no entanto, ser consideradas as limitações de pessoal, expertise e cultura dos serviços em questão, o que está causando sobrecarga de atividades aos funcionários.
Não é razoável, aceitável, muito menos humano, permitir que tal realidade perdure, sob pena de um iminente colapso nos negócios do Banco, bem como de possíveis efeitos drásticos quanto ao desempenho e danos à saúde dos trabalhadores.
Com base na grave realidade manifestamos a preocupação com a realidade da terceirização dos serviços no BNB e a interposição da mão de obra, o que enseja a precarização dos trabalhados, bem como o desacordo com a solução adotada, ao tempo que reivindicamos urgência na solução do problema de forma célere, respeitosa, de modo a assegurar o adequado andamento das atividades e a saúde dos trabalhadores, principalmente nas agências.
Desde já, colocamo-nos à disposição e agradecemos a atenção.
Essa Associação jamais para de lutar!
Tenho muito orgulho por ser associado.