Bancos podem e devem gerar mais empregos

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O sistema financeiro, um dos setores mais poderosos e lucrativos da economia, demitiu milhares de bancários durante a pandemia de Covid-19. Este ano, o cenário mudou um pouco, o setor apresentou saldo positivo de emprego, mas engana-se quem pensa que foi boa vontade. A maioria das contratações decorre de decisão judicial.

 

Em janeiro deste ano, o setor bancário realizou 250 admissões e 1.631 desligamentos, o saldo ficou positivo em 619 vagas. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O número ainda é muito baixo, sobretudo diante da alta demanda nas agências. Os bancos podem mais.
No acumulado de 12 meses (fevereiro de 2021 a janeiro de 2022), foram criados 7.711 postos de trabalho, devido principalmente às contratações da Caixa, decorrente de vitória em ação judicial do movimento sindical, que obrigou o banco a chamar os aprovados no concurso de 2014. Além disso, as empresas também ampliaram os postos que não tem relação direta com o serviço bancário, como os de profissionais de Tecnologia da Informação.
Nos últimos 12 meses, foram realizados 36.348 dispensas, 42,1% foram demissões sem justa casa e 40,0% desligamento a pedido – estas concentradas nos bancos múltiplos com carteira comercial (no qual se enquadram os quatro maiores: BB, Itaú, Bradesco e Santander): 88,8% da totalidade.
Remuneração 
O salário mensal médio de um bancário contratado em janeiro chegou a R$ 5.449,16 enquanto o do desligado foi de R$ 6.632,47. Ou seja, a remuneração média do admitido correspondeu a 82,2% do demitido.

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