O Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (22/7) traz uma listagem com 51 novos agrotóxicos liberados para uso nos campos do Brasil. Do total, 44 são genéricos, com princípios ativos já autorizados, sete são novos no país – seis inseticidas e um herbicida. Os inseticidas contêm o ingrediente ativo sulfoxaflor, que controla pragas como pulgão, mosca-branca e psilídeo. Com este novo pacote de liberação, já são 262 agrotóxicos liberados desde o início da administração de Jair Bolsonaro.
Da lista de hoje, 28 estão classificados como medianamente tóxicos, 17 como extremamente tóxicos, cinco são pouco tóxicos e um é altamente tóxico. Ainda de acordo com o documento, 27 desses produtos são perigosos ao meio ambiente, 18 são muito perigosos, cinco são pouco perigosos e um altamente perigoso.
O Ministério da Agricultura (Mapa) ressalta que os formulados só poderão ser usados nas lavouras se o produtor obedecer às várias restrições e seguir as orientações estabelecidas pelo Ibama, para “mitigação de risco para insetospolinizadores”. Entre as restrições está a aplicação em períodos de floração das culturas. Também é preciso respeitar as informações contidas na “bula” e rótulos do produto, como dosagens máximas e as distâncias mínimas de aplicação em relação à bordadura, para proteger as abelhas não-apis.
“Os produtos formulados aprovados à base de sulfoxaflor apresentaram estudos laboratoriais de toxicidade aguda e crônica para abelhas adultas e larvas, estudos de resíduos em néctar e pólen em diversas culturas, além de um estudo específico com o objetivo de identificar a ação desta substância sobre colônias de abelhas”, diz o comunicado do Mapa.
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De acordo com o Mapa, o ingrediente ativo sulfoxaflor teve o registro do produto técnico (de uso industrial) concedido no fim de 2018 e o produto formulado estava em avaliação final das autoridades ambientais. Depois de passar por consulta pública, o produto foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Em relação à saúde humana, o órgão afirma que o sulfoxaflor está na lista dos agrotóxicos 20% menos tóxicos.