Lucro recorde contrasta com a desigualdade

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No Brasil, enquanto os bancos batem recorde de lucro a cada ano, o povo tem de se virar para conseguir sobreviver. O salário do brasileiro está cada dia mais achatado com o alto custo de vida. A retirada de direitos também reflete no rendimento das famílias, assim como o desemprego. Uma realidade muito diferente das famílias que comandam o sistema financeiro.

Os dados mostram. O Santander, primeiro a divulgar o resultado de 2019, obteve lucro líquido de R$ 14,5 bilhões, crescimento de 17% ante 2018. O Bradesco não ficou para trás, com ganho de R$ 25,9 bilhões, 20% a mais do que no ano anterior. As expectativas agora giram em torno do Itaú, maior banco privado do país, do BB e da Caixa.

O cenário de bonança do setor bancário é para pouquíssimos. No Brasil, milhões têm de se virar com um salário mínimo (R$ 1.045,00). Outros milhões nem chegam a ganhar isso. Um quadro que mostra o tamanho da desigualdade do país. Estudo divulgado recentemente pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) mostra que a diferença de renda bate recorde.

Enquanto o rendimento da metade mais pobre da população caiu cerca de 18% desde 2014, somente o 1% mais rico teve quase 10% de aumento no poder de compra. Apenas em 2015, a pobreza subiu 19,3% no Brasil, com 3,6 milhões de novos pobres.

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