Mercado interessado na extinção da Previc. Triste

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Os participantes dos fundos de pensão têm ficado cada vez mais atentos, pois as medidas do governo, como a CGPAR 25, demonstram que a intenção é transferir os recursos dos fundos para o mercado. O objetivo foi reforçado após recente anúncio de fusão da Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) com a Susep (Superintendência de Seguros Privados).

Em discurso, a presidente da Susep, Solange Vieira, deixou clara a pretensão de eliminar as diferenças entre previdências fechadas e abertas. Na prática, o mesmo fiscalizador disciplinará interesses do mercado financeiro, que detém o poder, o que promoverá a redução na possibilidade de os participantes fiscalizarem diretamente. A intenção também foi sinalizada na CGPAR 25.

Solange Vieira ainda destacou durante entrevista que na política de investimentos das previdências fechadas será levada em conta a ótica de mercado. Ao falar sobre a portabilidade para alívio dos fundos de pensão relativamente ao benefício pós-emprego, deixou claro que a preocupação é exclusiva com a patrocinadora e não com o participante.

Ao administrar, em março deste ano, R$ 916 bilhões, valor que equivale a 13% do PIB brasileiro, as EFPC (Entidades Fechadas de Previdência Complementar) estão na mira do olhar privado da Susep. Assim fica fácil saber o real motivo do interesse de facilitar a transferência dos fundos de previdência complementar fechada à gestão de seguradoras privadas.

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