Mesmo com mais clientes, bancos demitem em massa

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Mais pessoas têm acesso ao SFN (Sistema Financeiro Nacional). Nos últimos três anos foram abertas 261 milhões de contas – o que representa 96% dos adultos acima de 15 anos. No ano passado, 14 milhões de cidadãos foram incluídos, segundo o Banco Central.

Mesmo assim, os bancos demitem como nunca. Em apenas 12 meses (setembro de 2020 a setembro de 2021) foram eliminados 6,7 mil postos de trabalho. Se voltar alguns anos, o número de desligamentos dispara. De 2013 a 2020 foram cortados 78.155 empregos, aponta o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em estudo feito com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

As empresas não consideram nem o momento de crise. Desde o início da pandemia, em março de 2020, mais de 13 mil bancários foram desligados. As agências também estão encolhendo. Em 2017, o país tinha 20.889 unidades bancárias. No fim de 2020 eram 17.831. Menos 3.058.

Em contrapartida, o lucro cresce como nunca. Enquanto milhares de empresas têm prejuízos decorrentes das crises sanitária e econômica, inclusive tendo de fechar as portas, os bancos observam a lucratividade subir. O resultado de janeiro a setembro deste ano chegou a R$ 66,92 bilhões.

O dinheiro, no entanto, não é revertido em melhorias para os clientes. Muito menos em ações de responsabilidade social. Com tantas demissões, a qualidade do serviço cai. Não é à toa que o setor sempre está entre os mais reclamados pelos brasileiros.

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