O próximo governo, que toma posse em janeiro de 2019, vai herdar uma dívida gigantesca de Temer. O rombo previsto é de R$ 42,1 bilhões, como resultado da devastação gerencial e técnica da economia pós golpe.
O aumento do desemprego e o desequilíbrio inédito visto nas contas públicas do país são consequências da política de austeridade. O reajuste indecente aprovado pelos ministros para o Judiciário também entra na conta do rombo. A proposta elevou os salários dos magistrados do STF para R$ 39,3 mil.
A conta extra é equivalente a 71% dos R$ 59,3 bilhões permitidos como despesas adicionais no próximo ano, segundo a regra do teto de gastos. Para todas outras despesas, como com saúde e educação e investimentos públicos, sobrariam R$ 17,2 bilhões. Na prática, o gasto praticamente bateu no teto.