O anticolonialismo de bell hooks, por ela mesma

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Em novo livro, um itinerário de memórias da pensadora, falecida ano passado. Que é um lar?, questiona ela. Na reconexão com terra e valores ancestrais, aliada à luta social, pistas para curar feridas, criar consciência e forjar cultura de pertencimento

Este ensaio, originalmente intitulado de “Hábitos do amor”, integra Pertencimento: uma cultura do lugar, novo livro de bell hooks publicado no Brasil pela Editora Elefante. Quem apoia o jornalismo de Outras Palavras tem desconto de 20% em todo o site da editora. Saiba como aqui.

Por toda a vida, procurei um lugar de pertencimento, um lugar para ser o meu lar. Fui criada em uma pequena cidade do Kentucky, então sabia desde pequena o que era um lar, como era estar em um. O lar era um lugar seguro, onde não haveria dor. Era um lugar para curar as feridas. O lar era o lugar onde eu tinha importância. O lar era o lugar que me fazia falta; não era onde eu morava. A primeira casa familiar de que me lembro, formada por blocos e chão de concreto, instalada no topo da colina, parecia nua em contraste com o exuberante pano de fundo de uma densa paisagem natural: árvores, trepadeiras de madressilvas, arbustos de amora e morangos silvestres faziam da casa de concreto uma invasora, uma força contrária à natureza, incapaz de assumir o controle sobre o mundo selvagem: a casa era imutável e a paisagem natural seguia em incontestável crescimento.

Na vastidão selvagem — o primeiro lugar onde vivi e entendi minha existência —, eu era a natureza, e ela era eu. A natureza foi minha melhor amiga de infância. Quando a vida dentro da casa de concreto ficava difícil e insustentável, sempre havia o “lá fora”. Sempre havia para mim um lugar na natureza.

Os adultos diziam e repetiam que devemos respeitar a natureza à nossa volta, entender o que pode ser amigo ou inimigo. Nossa tarefa era discernir, estar na natureza como parte dela, entender os limites do mundo natural e do corpo humano naquele cenário. A generosidade da natureza nos deu o prazer de caminhar por entre infindáveis plantações, o prazer de estourar na boca um tomate amarelo ou vermelho colhido diretamente do pé. Logo no começo da infância, vivenciei em primeira mão tudo o que o poeta Gerard Manley Hopkins evoca quando escreve que “a natureza nunca se esgota”, que dentro dela “vive tudo de mais fresco e genuíno”. Quando criança, acreditava que a natureza ao meu redor possuía seu próprio perfume especial e que, quando eu ficava do lado de fora por bastante tempo, esse aroma entrava em mim e me acompanhava até dentro de casa; era o odor de um mundo fecundo de crescimento indomável e sem limites.

Perambular pelas colinas do Kentucky era o paraíso para mim. Eu tinha certeza de que pertencia ao meu lugar e ao meu propósito. Nessa cultura de pertencimento, aprendi a importância da providência divina. Acompanhando Jerry, meu avô paterno, agricultor que trabalhava pelo sistema de parceria rural, aprendi que o homem não podia fazer tudo, que ele não podia fazer as plantações crescerem ou a chuva cair. Aprendi que a humanidade era especial, considerando nossas características diferentes em relação aos animais, mas que estávamos sujeitos a poderes maiores. Vovô Jerry sempre dizia: “Enquanto o homem souber do seu lugar na natureza, tudo irá bem; mas, quando ele se esquecer disso e se sentir deus, os problemas vão começar”.

Essa profunda crença na ordem divina permitiu a vovô Jerry vivenciar a plenitude e a integridade, apesar das forças de exploração e opressão supremacistas brancas ao seu redor. Seu amor pelo solo, o refúgio encontrado na natureza, dava a ele uma mente aberta e um coração elevado. Apesar do sofrimento por viver sob as leis da segregação, sujeito aos cruéis caprichos de um regime patriarcal supremacista branco, ele encontrou uma cultura de pertencimento no mundo natural, sempre contando com a terra. Foi essa cultura de pertencimento que ele compartilhou comigo, sua primeira neta, que o seguia enquanto ele jogava sementes na terra, enquanto colhia os frutos do seu trabalho. Em Rebalancing the World, Carol Lee Flinders afirma que devemos pensar nos valores de pertencimento como hábitos do coração. Faz sentido a sensação de plenitude que tomava meu peito na primeira infância. Explicando mais sobre sua visão da cultura de pertencimento, Flinders escreve:

Os valores do pertencimento são, com efeito, os sintomas de uma forma particular de estar no mundo. Juntos, eles constituem um todo dinâmico — uma síndrome, em outras palavras, ou uma orientação ou um éthos. Dentro desse todo, cada valor reforça e quase contém em si os outros, e a fonte do poder desses valores como uma constelação é a sinergia entre eles.

Flinders pede aos leitores que reflitam sobre os valores de pertencimento como “pontos em um círculo, janelas abertas para uma única realidade”. Listando as características da cultura de pertencimento, Flinders explica:

É inerente à cultura de pertencimento um forte sentimento e uma íntima conexão com a terra à qual se pertence, uma relação empática com os animais, autocontrole, responsabilidade ambiental, deliberação consciente, equilíbrio, expressividade, generosidade, igualitarismo, mutualidade, afinidade com modos alternativos de conhecimento, ludicidade, inclusão, resolução não violenta de conflitos e mente aberta.

Os valores de pertencimento gravados em minha consciência nos primeiros anos de infância, como filha da natureza, entravam em conflito com os valores e as crenças presentes no ambiente doméstico patriarcal. A casa de concreto não era o meu lugar; ali o meu espírito era um estrangeiro, minha alma estava sob ataque constante. A mudança de nossa família das colinas, do campo, para a cidade foi um desejo de minha mãe para que nos tornássemos mais civilizados, para nos livrar da má reputação de sermos do mato, do interior. Vinda de uma família camponesa que trabalhava com a terra, cultivava alimentos orgânicos, fazia compotas, criava galinhas, fazia sabão e vinho, minha mãe queria ficar o mais distante possível dessa vida. O fato de a mudança para a cidade ter despedaçado minha paz interior era o que ela precisava para comprovar o argumento de que viver nas colinas tornava seus filhos pessoas esquisitas.

Para mim, essa mudança foi traumática. Presa à dor de ter deixado a paisagem natural da minha infância, eu me sentia deslocada na cidade, sentia uma tristeza constante. No ambiente urbano, eu ficava cara a cara com as políticas de raça, classe e gênero. Acostumada a perambular pelas colinas e me sentir livre, aprendi na cidade que a melhor forma de uma garota (sobretudo uma garota negra) estar segura era ficar parada, enclausurada, confinada. Aprendi que para se manter seguro no espaço dos negros era necessário se manter dentro dos limites estabelecidos, não atravessar os caminhos que separavam os negros dos brancos. Aprendi que vestir roupas feitas em casa ou doadas era vergonhoso. Minha confiança de pertencer a este mundo se foi. Foi-se embora o espírito selvagem que crescia em minha alma a cada dia, como o vento, como o ar, como o ser. Ao explicar o significado de “selvagem” em sua coletânea de ensaios Hunting for Hope [À caça da esperança], Scott Russell Sanders afirma:

Como a figura ardilosa dos contos conhecida no mundo todo, o selvagem tem muitos disfarces, que incluem os de criador e destruidor. […] Cada forma que se junta à existência um dia desaparece, cada célula, cada estrela. […] Um dia o coração vivo para de bater. Sabendo disso, temos a escolha de ter discernimento sobre o selvagem, sobre a condição real de nossa existência, principalmente sobre o que ele tira de nós, o que ele nos dá.

Foi a generosidade da natureza selvagem, me acolhendo e me dando a sensação de plenitude, que me fez lamentar sua perda quando criança.

Em um mundo ao qual eu não pertencia, lutei para encontrar estratégias de sobrevivência. No mundo da cultura dominante, tanto dentro quanto fora de casa, encontrei refúgio nos livros, em formas de perceber o mundo que expandiam minha consciência e me deixavam querendo mais do que eu achava ser possível no cenário constantemente mutável do Kentucky, com negros deixando as colinas, o campo, o interior, em busca da promessa de uma vida melhor na cidade, ou saindo em debandada rumo ao Norte.

Embora a luta pelos direitos civis tenha integrado as escolas secundárias, os reencontros de turma eram sempre segregados. Quando chegou o momento do reencontro após vinte anos de formados, decidiu-se que não haveria segregação por raça, que era hora de nos reunirmos para recordar o período na escola. Eu me sentei à mesa com corajosos amigos brancos que ousaram cruzar os limites de raça e classe para formar uma comunidade. Como eu, eles sempre souberam que eu iria embora para nunca mais voltar, que minha alma era grande demais para as limitações do nosso Kentucky. Eles achavam que a Califórnia e a cidade de Nova York seriam os lugares certos para mim, lugares nos quais era permitido ser diferente e livre. Assim como meus queridos amigos negros, eles aceitavam que eu viesse de vez em quando para visitar, mas nunca para ficar. Ann, a amiga branca sobre a qual escrevi em Bone Black e em Wounds of Passion [Feridas da paixão], ainda mora na mesma cidade. Ken, nosso amigo branco, tem uma casa não muito longe dali, na qual ele passa algumas temporadas; é um lugar de descanso para ele e sua família. Na vida adulta, eles não criaram mais relações íntimas com amigos negros, como fizeram na nossa adolescência. O fato de terem uma vida mais segregada não fere o espírito deles como quando éramos jovens e desejávamos viver em comunidade.

Muitas vezes, os negros que abandonam suas raízes no Sul fogem de maneira simbólica para escapar do racismo cotidiano que restringe, limita e confina, um racismo que parece, de certa forma, pior do que aquele encarado em qualquer outro lugar, porque se trata de um terrorismo íntimo imposto não por estranhos, mas por pessoas muito familiares.

Quando saí do Kentucky, há mais de trinta anos, me senti no exílio, como se tivesse sido forçada a deixar a paisagem da minha origem, minha terra natal, porque ali meu desenvolvimento — a realização completa do meu potencial — não era permitido. Tanto o mundo doméstico da disfunção familiar quanto o mundo exterior de dominação ameaçavam sufocar meu espírito. Ao escrever sobre o exílio em À sombra desta mangueira, Paulo Freire afirma:

Sofrer o exílio implica reconhecer que se deixou o contexto de origem, significa a experiência da amargura, a experiência da clareza de algo nublado, mas em que devo mover-me com acerto.

Não se sofre o exílio quando ele é apenas dor e pessimismo. Não se sofre o exílio quando o presente do exilado gira nostalgicamente em torno de seu passado. Mas não se sofre o exílio quando ele é só razão. Sofro o exílio quando o meu corpo consciente, razão e sentimentos, meu corpo inteiro é por ele tocado. Assim, não sou apenas lamento, mas projeto. Não vivo só no passado, mas existo no presente em que me preparo para a volta possível.

O exílio colocou em perspectiva para mim tudo o que era vital e básico no Kentucky onde cresci. Ali era o campo dos sonhos explorados por mim para revelar a cultura contra-hegemônica de pertencer que me fez diferente, capaz de ser radicalmente aberta. Foi nas terras do Kentucky que vivenciei a interação entre raça, gênero e classe. Foi ali que aprendi a importância de interligar os sistemas de dominação; que o aprendizado na prática se tornou um recurso de extrema importância quando comecei a escrever teoria crítica.

Embora o sotaque do Kentucky misturado com o nosso vernáculo fosse a língua falada nos meus sonhos, eu não me imaginava voltando a morar no Kentucky. Visitei o estado inúmeras vezes e sentia poucas mudanças. Sentia que havia menos espaço para mim depois de adulta do que quando criança. O racismo inalterado parecia estar ainda mais impregnado nas profundezas da sociedade. A cultura da plantation ainda parecia ser a regra. Prevalecia o pensamento religioso fundamentalista irracional e tacanho. Justificações refinadas para a cultura dominante estavam sempre presentes.

Para mim, voltar para casa me dava a impressão de voltar no tempo. Na maioria das vezes, dedicava momentos a lamentar o desaparecimento dos antigos costumes positivos, da antiga cultura, dos idosos que estavam partindo. No meu trabalho, tanto nas artes visuais quanto na escrita, tenho me aproximado das memórias de criança no Kentucky para evocar a consciência do poder de uma cultura de pertencimento. Para de fato pertencer a algum lugar, deve-se entender o fundamento do ser. E essa compreensão inevitavelmente leva à infância. Em The Hidden Wound, Wendell Berry declara: “Eu voltei para minha terra natal, para viver ali consciente de sua natureza e de suas possibilidades”. Apesar de Berry ter passado a maior parte da vida no Kentucky, suas reflexões sobre o passado fazem parte de uma busca por cura e completude, essenciais ao projeto da reivindicação de si. Morar longe da minha terra natal explorando o passado e escrevendo sobre ele de forma crítica foi um ritual constante de reivindicação — um ritual, o ato de recordar que não apenas evocava o passado, mas também o colocava como peça central do presente. Era como se eu nunca tivesse deixado o Kentucky de fato, pois ele esteve sempre na minha imaginação: o lugar para o qual eu retornava, o fundamento do meu ser.

Ao pesquisar sobre migração de regresso, o movimento dos afro-estadunidenses das cidades urbanas para as zonas rurais do Sul onde nasceram, a antropóloga Carol Stack explica que as pessoas entrevistadas em seu estudo quiseram voltar para reivindicar aspectos de “pertencimento” e comunidade não encontrados em outros lugares, e que também ansiavam por participar da mudança de contextos familiares que pareciam imutáveis. Ela ainda comenta:

Ninguém está em busca de um paraíso atemporal; e ninguém, por mais nostálgico que esteja, realmente quer voltar no tempo. […] O que as pessoas procuram não é tanto o lar que deixaram para trás, mas um lugar que acreditam poder mudar, um lugar no qual sua vida e seus esforços farão diferença — um lugar para criar um lar.

Obcecada pelo projeto de criar um lar, eu me mudei para muitos lugares até tomar a decisão de voltar para o Sul. No fim, quis voltar ao lugar onde me senti parte de uma cultura de pertencimento — um lugar onde eu poderia me sentir em casa, uma paisagem da memória, do pensamento e da imaginação.

Foram mais de trinta anos morando fora do Kentucky; voltar para ver os meus pais foi sempre um ritual de respeito que renovava o sentimento de conexão com o mundo no qual cresci. Meus pais estão velhos agora. Um dia, não serão mais a força que me traz de volta para casa. Agora a força dentro de mim exige que eu finque minha própria reivindicação nesta terra. A paisagem do pertencimento de minhas lembranças me chama para comungar com o mundo onde cresci, com a natureza selvagem que permanece. Comungar com a natureza é um aspecto essencial de uma cultura de pertencimento. No livro Callings: Finding and Following an Authentic Life [Chamados: procurando e seguindo uma vida autêntica], Gregg Levoy nos lembra que “a natureza é o cenário ideal para um retorno a nós mesmos, à nossa fonte, ao nosso lugar de origem. É o lugar onde o mundo foi criado, de onde nossos ancestrais vieram”.

Na busca por isolamento, meu espírito encontra alento na natureza. Ali, pode-se abraçar a realidade das coisas vivas e mortas, da morte dos mais velhos, da ressurreição. A contemplação do morrer e das mortes que estão por vir é outro caminho que me trouxe de volta. William Penn, quacre (quaker) do século XVII, aconselhou:

E este é o conforto do bondoso, cuja sepultura não pode detê-lo, que entra para a vida assim que morre. Porque a morte nada mais é do que nossa entrega do tempo para a eternidade. A morte é, então, o caminho e a condição da vida. Não podemos amar a vida se não conseguimos tolerar a morte.

E, assim, é o conhecimento do meu próprio processo de morte que me permite escolher voltar ao lugar onde vivi bem e de forma completa.

Confrontar a morte, a experiência dos ataques do Onze de Setembro, a morte de pessoas desconhecidas e próximas, jovens e velhas, por doença ou desastres, bem como enfrentar as limitações que o envelhecimento traz: tudo isso despertou em mim uma urgência de experimentar, de maneiras diferentes, culturas de pertencimento, mesmo que apenas em fragmentos ou como mundos incipientes tentando se manter vibrantes em meio à cultura dominante.

O retorno ao meu estado natal me levou para Berea, uma pequena cidade no leste do Kentucky, com história e legado progressistas. O Berea College foi fundado em 1858 por um abolicionista visionário que acreditava na liberdade para todos, mulheres e homens. Foi batizado com o nome de uma cidade bíblica do Novo Testamento, Bereia, “onde as pessoas ouviam de boa vontade a mensagem”. John Fee fundou o Berea College com o objetivo explícito de educar homens e mulheres, negros e brancos, da região dos Apalaches do Kentucky, em especial os pobres. Seu desejo era tornar o ensino acessível a todos em um ambiente que incorporasse os princípios da liberdade, da justiça e da igualdade. Estava comprometido com a criação de uma cultura duradoura de pertencimento. Faz sentido eu ter escolhido esse lugar para estabelecer um lar, para fazer parte de uma comunidade que se esforça em manter uma cultura do pertencer. Berea tem muitas das maravilhas da minha vida de criança.

O mundo da minha infância era de contrastes: por um lado, uma paisagem verde exuberante de cavalos velozes, cachoeiras naturais, plantações de tabaco e cardeais, o pássaro-símbolo do Kentucky; por outro, um mundo de exploração insaciável de casarões sobre pequenos barracos, um mundo de medo e dominação dos homens sobre a natureza, do branco sobre o negro, do topo sobre a base. Na minha infância, sonhava com uma cultura de pertencimento. Ainda tenho esse sonho.

Reflito sobre o que seria de nossa vida se soubéssemos como cultivar a consciência, como viver atentamente, em paz. Se adquiríssemos hábitos que nos aproximassem uns dos outros, isso nos ajudaria a construir uma comunidade amorosa. Em meu trabalho enraizado na minha terra natal e nos valores que aprendi ainda muito jovem, procuro evocar uma linguagem de cura, de esperança, de possibilidade, uma linguagem dos sonhos, uma linguagem de pertencimento.

Na primeira noite depois de me mudar para o meu novo lar no Kentucky, acordei no meio da madrugada assustada com um som conhecido: o som de um trem, uma lembrança muito forte da minha infância. Quando nos mudamos do campo para a cidade, morávamos bem perto dos trilhos do trem. Toda noite, eu me deitava no silêncio da escuridão e ouvia os trens chegando e partindo, imaginando minha própria jornada, os lugares para os quais iria, as pessoas que conheceria. O som do trem me conforta, agora, como fazia à época, porque sei que voltei para casa. Eu voltei para o mundo da minha infância, o primeiro mundo em que plantei as sementes da minha história, uma pesquisadora nata, a intelectual contemplativa que escolhe a solidão, as ideias, o pensamento crítico. Aqui na minha terra natal, abracei a circularidade do sagrado: onde comecei está também o meu fim. Aqui é o meu lugar.

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