Previdência por capitalização é tragédia anunciada

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Os próximos quatro anos prometem um radicalismo ainda maior e o trabalhador também não terá vez. A proposta de Bolsonaro para a Previdência caso aprovada, diminuirá o valor de R$ 1.851,96 de aposentadoria mensal para R$ 735,60 apenas. Uma perda de R$ 1.100,00.

O modelo proposto pela equipe econômica do presidente eleito deixará de ser repartição simples para virar um sistema de capitalização. Modelo que fracassou no Chile e Argentina.

Atualmente, com 35 anos de contribuição para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o brasileiro consegue se aposentar com até 53 anos e passar a ganhar aposentadoria por tempo de contribuição no valor médio de R$ 1.851,96. A soma da idade e do tempo de serviço caracteriza a regra 85/95.

Por esta regra, o valor completo do benefício é pago se a soma for igual a 95 para homens e 85 para mulheres. Se o trabalhador não alcançar a soma, mas já tiver contribuído 35 anos (homens) ou 30 (mulheres) é aplicado o fator previdenciário. Sendo assim, o valor cai de R$ 1.851,96 para R$ 1.226,00, uma redução de R$ 625,00.

O modelo de capitalização será como uma conta individual, administrada por um banco. O dinheiro recolhido fica acumulando e é liberado quando o trabalhador chega na idade de se aposentar.

Os riscos são enormes e o empregado terá que arcar com uma comissão para um agente administrar os valores e os investimentos e podem render ainda menos do que o esperado. No fim das contas, um conluio com o sistema financeiro começa a se apresentar.

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