Logo no primeiro mês de 2022, a maior parcela de reajustes salariais ficou abaixo da inflação. O resultado é baseado em uma análise do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que também pontuou que a taxa de juros é um desafio para as negociações.
Dos 324 acordos feitos em janeiro, 42% tiveram reajustes abaixo do INPC, medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Somente 35% tiveram aumento real e 23% ficaram com índice igual à inflação do período.
Os resultados são um pouco melhores se comparados com o mesmo período de 2021, já que apenas 11% dos reajustes incluíram ganho real. No entanto, o Dieese adverte que a inflação ainda é um obstáculo para melhores salários.
O levantamento também avalia os reajustes parcelados, que ficaram em 3,7% em janeiro. O resultado tem um recuo significativo em relação ao observado a partir de março de 2021 e, especialmente, no último bimestre do ano passado, quando em novembro, por exemplo, os parcelamentos representaram 28,8% do total.