Reforma da Previdência não gerará mais empregos nem fará o Brasil crescer

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É preciso desconstruir o mito de que a aprovação da Reforma da Previdência aquecerá a economia brasileira e ocasionará, num passe de mágica, a diminuição do desemprego no país. Essa mesma conversa fiada foi utilizada no Governo Temer para aprovar a Reforma Trabalhista e o resultado foi desastroso. Reduziu-se a proteção à saúde e à segurança do trabalhador, mas o número de desempregados só cresceu nos últimos anos.

Logo, não será o corte das aposentadorias dos mais pobres que fará crescer o número de assinaturas nas carteiras de trabalho. Porém, se a Reforma for aprovada e os empregos não aparecerem, o mesmo discurso mentiroso de Temer será novamente utilizado por Bolsonaro, ou seja: será preciso privatizar as empresas estatais, afrouxar, ainda mais, a fiscalização trabalhista, cortar mais direitos, a fim de gerar mais postos de trabalho.

No entanto, o resultado será o mesmo: um desastre total, uma economia fraca, empregos minguados e o enterro do artigo 3º da Constituição Federal, pois – ao invés de desenvolver o país, erradicar a pobreza, reduzir as desigualdades sociais, promover o bem de todos, construir uma sociedade justa, livre e solidária – o Governo Bolsonaro continuará somente apontando “arminhas” e enganando o povo, enquanto atende apenas os interesses dos seus financiadores, isto é, os banqueiros, o grande empresariado e o capital estrangeiro, representado pelos Estados Unidos.

De fato, o que o Brasil precisa é de um Governo com propostas concretas para gerar emprego, saúde e educação para a população, mas a gestão Bolsonaro não tem, sequer, um projeto para o país. Sem dúvidas, o Brasil precisa de uma Reforma da Previdência, porém, uma que combata os privilégios das altas cúpulas das Forças Armadas, dos Três Poderes e das grandes empresas, uma Reforma que seja discutida democraticamente com toda a sociedade civil, sem penalizar os mais pobres, como os idosos de baixa renda, os pensionistas e os trabalhadores rurais.

Não podemos admitir que o Governo, na cara dura, utilize o mesmo engodo da Reforma Trabalhista para aprovar a Reforma da Previdência, com a falsa promessa de crescimento econômico e geração de empregos. Não será a redução de direitos que fará o Brasil crescer, nem o desmonte do Estado e muito menos a Reforma da Previdência, mas a suspensão do pagamento da dívida pública aos banqueiros, que consome todas as riquezas do país, deixando a população a ver navios, acreditando em um presidente que fala o que o povo quer ouvir, mas – na prática – faz somente o que o mercado quer ao ceifar direitos, ameaçar aposentadorias e entregar nosso patrimônio para os estrangeiros.

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