1° DE MAIO: história, reflexão e organização das lutas marcam o dia Internacional da classe trabalhadora

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O primeiro de maio surge historicamente no final do século XIX, quando a Segunda Internacional Socialista, em 1889, realizou em Paris um congresso que reuniu os partidos socialistas e sindicatos de toda Europa. A data foi definida em homenagem aos trabalhadores que, três anos antes, nos EUA, realizaram mais de 1500 greves contra a exploração capitalista, redução da jornada de trabalho, por conquistas e direitos.

Ao longo do tempo a luta da classe trabalhadora passou por mudanças, atravessou ciclos históricos e mobilizou milhões ao redor do mundo por melhores condições de trabalho e vida digna. Nos tempos atuais, pela intensificação do neoliberalismo como mecanismo de relocalização do sistema do capital, mais desafios se apresentam aos trabalhadores, haja vista a natureza aniquiladora dos direitos e proteção trabalhistas conquistados com muita luta, suor e sangue de homens e mulheres que fizeram história e deixaram esse legado como testemunho. Tal realidade é levada a efeito pela política de demissões, exploração, trabalho gratuito, privatizações, desmonte do órgãos públicos (serviço público),
e outras consequências também danosas, inclusive adoecimento e mortes, em consequência dos processos de trabalho.

A realidade que se impõe não é diferente, sendo talvez ainda mais cruel. A crise sanitária que se abateu sobre o Brasil que já ceifou mais de 400 mil vidas, muitos destes entre trabalhadores que faleceram ante o descaso na gestão da pandemia e suas consequências que poderiam ser atenuadas e até mesmo evitadas.

O primeiro de maio é um momento importante quanto ao resgate histórico da data. É essencialmente um marco de lutas dos trabalhadores, mas também principalmente uma reflexão quanto ao reconhecimento enquanto classe explorada e consciência da necessidade de organização e das lutas pelas bandeiras imediatas e históricas dos trabalhadores. É pois, o marco da consciência de que se deve lutar por direitos e conquistas, mas também pela superação do sistema da exploração e da dominação, pelo estabelecimento de uma nova ordem em que não haja explorados nem exploradores, sim, dignidade, igualdade e respeito às pessoas pela sua condição de ser humano.

Viva o 1° de maio! Data internacional de lutas dos trabalhadores.

Trabalhadores do mundo, uni-vos!

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