24 de janeiro, Dia do Aposentado: A luta continua

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Crédito da imagem: Sindicato dos Jornalistas no Ceará


 


O dia 24 de janeiro é dedicado ao trabalhador aposentado. Momento de homenagear e reconhecer o esforço de quem dedicou boa parte de sua vida em prol do desenvolvimento das mais variadas regiões do País. Homens e mulheres, no campo e na cidade, que cumpriram uma missão de suma importância para o Brasil e de suas atividades produtivas. Apesar disso, em 2018 não temos tanto assim a comemorar. 


 


Consagrado na CLT, como direito de todo trabalhador, a aposentadoria segue cada vez mais ameaçada no contexto de um governo que prega o receituário neoliberal e a ideia de estado mínimo (para os trabalhadores). A ameaça à Previdência e à dignidade de uma melhor qualidade de vida ao final da jornada – seja no serviço público ou privado – é uma realidade cada vez mais presente entre aqueles que observam um dos direitos mais fundamentais ser decidido por congressistas comprometidos com o rentismo e o grande capital nacional e estrangeiro.


 


Ressalte-se também que este processo de ameaça à Previdência não advém apenas da massa política que ocupa o Congresso a o Palácio do Planalto,  ele é principalmente orquestrado pelo mercado e pela “elite do dinheiro”¹ que encampa o ataque aos direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores. Elite essa que manobra e trabalha diuturnamente para expandir seus lucros em detrimento da classe trabalhadora que produz a riqueza do País.


 


A falácia do déficit da Previdência é o argumento mais utilizado por esta mesma classe dominante que mantém, através de uma mídia a seu serviço, a verdade oculta em relação ao tema. Desoneração, incentivos empresariais, alto índice de sonegação e uma dívida que perfaz a cifra de 426 bilhões devidos por empresas ao INSS, compõe o real crime contra a aposentadoria.  Entre as principais devedoras, estão empresas como Bradesco, JBS e Vale.


 


A luta contra a reforma da Previdência é a própria defesa do direito de aposentar-se, missão essa que não é apenas do trabalhador bancário, do BNB e demais bancos públicos, mas de toda a classe laboral do País. A AFBNB, que ao longo de sua história tem encampado diversas lutas nesse sentido, se mantém na linha de frente contra esses ataques nas várias esferas políticas e fóruns que integra. 


 


Não podemos perder de vista que o processo encampado pelo atual Governo é contra todos os trabalhadores em favor da elite que explora e pretende aprofundar esse processo a cada ano. Aos já aposentados, fica o chamamento para que se juntem a esta luta que a cada dia exige um maior esforço de entendimento e o compromisso com o próprio futuro do País. 


 


Viva o dia do aposentado! 


 


Pelo direito de aposentar-se! 


 


AFBNB firme, com resistência e autonomia!


 


Nota: 1 – Termo utilizado pelo sociólogo Jessé de Sousa em seu livro “A Elite do Atraso” (Ed. Leya, 2017)


 

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