A Fenaban está pedindo greve

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A Fenaban está provocando os bancários. Nesta segunda-feira (29/08), em mais uma rodada de negociação, a 18ª desde a abertura do processo negocial, mais desrespeito. Por incrível que pareça, os bancos propuseram 6,69% de reajuste salarial, o que significa meros 0,04% de elevação em relação à proposta feita na sexta-feira passada, rejeitada maciçamente (95,26%) pela categoria, em assembléia-geral.

Considerando que a previsão de inflação acumulada no período setembro/2021 a agosto/2022 é de 8,88%, a oferta da Fenaban implica em  perda de 2,19%. Sem falar que até agora não houve nenhuma resposta à reivindicação de 5% de aumento real. Os fatos não deixam dúvida: os bancos estão pedindo greve e a mobilização da categoria tem avançado muito ultimamente.

A proposta feita nesta segunda pela Fenaban inclui ainda recomposição de 100% do INPC nos vales alimentação e refeição para o próximo ano. Uma nova rodada de negociação está confirmada para terça-feira (30/08) e a ideia de greve começa a ganhar corpo em todo o país.

Somente no ano passado os bancos em operação no Brasil, juntos, registraram lucratividade líquida superior a R$ 130 bilhões. Quer dizer, dinheiro tem de sobra para atender as necessidades dos bancários. Faltam vontade política e responsabilidade social.

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