A AFBNB enviou na última segunda-feira (dia 10) ofício ao presidente do BNB, José Gomes da Costa, reiterando a necessidade urgente de uma política de saúde financeira que contribua para a redução dos índices de endividamento dos trabalhadores da ativa e aposentados.
No documento, a Associação retomou pontos elencados em ofício encaminhado no início na pandemia, enquanto sugestões a serem incorporados pelo Banco, a exemplo da implementação de uma nova modalidade de CDC (funcionários da ativa e aposentados), considerando um período de carência de pelo menos 60 (sessenta) dias para o início do reembolso; da elevação do prazo de reembolso para pelo menos 72 parcelas no sentido de reduzir o comprometimento mensal; e a flexibilização quanto à abertura de novo crédito (renegociação) no caso de aposentados, haja vista a trava de impeditivo existente hoje, com o parâmetro de 30% para tal.
Confira a íntegra do documento
Fortaleza-CE, 10 de outubro de 2022
Ao Senhor
José Gomes da Costa
Presidente
Banco do Nordeste do Brasil S.A.
Nesta
Assunto: Política de saúde financeira
Prezado Presidente,
Há exatos dois anos encaminhamos à Presidência do Banco do Nordeste do Brasil, ofício com este mesmo assunto (em anexo). Na ocasião, manifestamos preocupação com o alto grau de endividamento dos trabalhadores do BNB, agravado pela situação de pandemia, que afetou as famílias inclusive financeiramente sobremaneira.
Naquele contexto, como forma de mitigar os efeitos, solicitamos a suspensão do pagamento do CDC e empréstimo de férias, pelo que fomos prontamente atendidos. Infelizmente tal situação perdura. Assim, é oportuno enfatizar que com o retorno dos pagamentos, e considerando a permanência da situação de fragilidade financeira dos trabalhadores do BNB, reiteramos alguns pontos demandados à AFBNB quanto à questão:
– Implementação de uma nova modalidade de CDC (funcionários da ativa e aposentados), considerando um período de carência de pelo menos 60 (sessenta) dias para o início do reembolso;
– Elevação do prazo de reembolso para pelo menos 72 parcelas no sentido de reduzir o comprometimento mensal;
– Flexibilização quanto à abertura de novo crédito (renegociação) no caso de aposentados, haja vista a trava de impeditivo existente hoje, com o parâmetro de 30% para tal. Ou seja, a permissão para “novo crédito” quando o índice de 30% de reembolso for atingido.
Compreendemos que medidas paliativas, como a suspensão do pagamento por determinado período sejam relevantes em alguns momentos. No entanto, além da melhoria nas condições do crédito defendemos medidas que corrijam de fato as distorções que levaram a essa situação – como a correção do plano BD, a atualização do Plano de Cargos e Remuneração e reposição das perdas salariais, além de outras iniciativas que se vislumbre serem pertinentes neste sentido.
Sem mais para o momento e certos de sermos atendidos em nossa demanda, colocamo-nos à disposição para tratarmos do assunto.