Banco do Nordeste tem função social na vida das pessoas

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Com cerca de 300 agências no Brasil, sendo 19 delas em Minas Gerais, o Banco do Nordeste do Brasil – maior banco de desenvolvimento regional da América Latina – tem exercido cada vez mais uma importância social na vida dos clientes. No Brasil, com mais de 4 milhões de clientes, mais de 1 milhão deles estão em Minas Gerais englobando desde a agricultura familiar, até grandes clientes como indústrias do Distrito Industrial de Montes Claros e Pirapora.

O gerente de negócios da superintendência do Banco do Nordeste para Minas Gerais e Espírito Santo, Fernando de Lima, explicou que é um banco de desenvolvimento que trabalha com diversas variáveis. “Fazemos um papel de provocar negócios, articular cadeias produtivas, a questão social é importante, no caso da agricultura familiar, do Crediamigo para a área urbana, apoio a micro e pequena empresa, a parte de infraestrutura, é um leque grande. Quando se fala em desenvolvimento, está falando em mudança cultural”, contou Lima, durante visita à

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Dentre os exemplos nas linhas de financiamentos para melhorar a renda familiar, Lima citou o sucesso do Crediamigo. Ele trabalha com empreendedores que estão na informalidade e com base nesse programa têm recursos de R$ 1.000, R$ 1.500, um valor pequeno mas muito pulverizado. “Essas pessoas vão crescendo, entram na formalidade, registram empresa, começam a pagar impostos”, descreveu. No Crediamigo, junto com outra linha de financiamento, o Agroamigo, o banco aplicou R$ 3 bilhões. “Esses recursos têm um tíquete médio de R$ 1.000 então é muita gente e tem um impacto social muito grande e muitas vezes as pessoas não sabem que isso existe”, disse.

Lima contou que qualquer pessoa pode procurar o banco. “O assessor de crédito faz uma avaliação da pessoa. Não precisa comprovar nada. Monta-se um grupo e ele tem a característica do aval solidário, cada um avaliza para o outro. Se um grupo pegou empréstimo, eles fazem o pagamento conjunto também. Isso traz uma mudança cultural e o banco evita a questão do clientelismo”, informou.

Neste ano, Lima contou que há perspectivas de aplicação de R$ 2 bilhões na superintendência que envolve Minas e Espírito Santo. No ano passado, o banco aplicou mais de R$ 32 bilhões em nível nacional. “Neste ano, nossa meta está em R$ 25 bilhões para todo o Nordeste e área de atuação do banco”.

Com 7.000 funcionários, o banco emprega cerca de 500 pessoas nos Estados de Minas e Espírito Santo. Em 2018, o faturamento alcançou R$ 700 milhões e Minas respondeu por 10%. “Em comparação a outros bancos, esse resultado pode até ser menor mas a nossa natureza não é ser um banco que visa somente ao lucro. O banco tem que pagar suas despesas, tem que gerar um lucro mas tem que cumprir a sua missão que é a missão do desenvolvimento. Sem isso não tem razão de existir”, disse.

Financiamentos

Nas linhas de crédito, o gerente de negócios da superintendência do Banco do Nordeste para Minas e ES, Fernando de Lima, explicou que o carro-chefe é o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FNE) que corresponde a 1,5% da arrecadação de IPI e de Imposto de Renda da União que tem recursos na casa dos R$ 35 bilhões.

– O FNE tem segmentações: tem a parte de energia eólica, energia fotovoltaica, energias renováveis FNE Sol, tem o FNE Água para preservação de recursos hídricos, tem o FNE Verde para iniciativas na parte ambiental, tem o FNE Inovação para a indústria, sendo vários nichos de negócios.

– A instituição é um banco múltiplo com todos os produtos dos outros bancos.- Lima está visitando secretarias do governo de Minas para articular parcerias. “O banco não pode financiar o poder público. Ele pode trabalhar com empresas do poder público”.

Energia fotovoltaica ganhou linha de crédito específica

A aposta do Banco do Nordeste em Minas Gerais tem sido o investimento em energia fotovoltaica. “O carro-chefe do banco é a linha de crédito FNE Sol, inicialmente oferecida para agricultores e também para empresas, está disponível para pessoas físicas que quiserem instalar o sistema fotovoltaico em suas casas”, contou Sayonara Chagas, assessora de representação empresarial e institucional do Banco do Nordeste.

A instituição financia tanto a parte de geração distribuída como a centralizada. O cliente que tiver interesse pode ir a uma agência e obter mais informações também pelo site bnb.gov.br. “Esses financiamentos podem ser estendidos até 12 anos com seis meses de carência que é o tempo necessário para conseguir fazer a instalação do equipamento e a taxa gira em 5% a 6%”, disse.

Sayonara explicou que, geralmente, o projeto tem a tendência de acompanhar a conta de energia do cliente. “O que ele conseguir reduzir na conta de energia é o valor que vai ficar pagando de parcela do financiamento”, informou.

A executiva contou que o fato de Minas ter a radiação necessária e adequada que se estende desde a região Norte do Estado até o Triângulo Mineiro é o que faz com que o Estado seja um grande potencial para o banco conseguir desenvolver bem esse trabalho. “Desde o ano passado estamos trabalhando nessa linha”, contou.

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