Bancos usam tecnologia para demitir bancários

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Uma pesquisa revela a política perversa do sistema financeiro nacional. Os bancos investem pesado em novas tecnologias para demitir milhares. No ano passado, destinaram R$ 19,5 bilhões para o meio digital, alta de 5% ante 2016 quando foram direcionados R$ 18,6 bilhões. Desde 2011, o valor chega a R$ 136,3 bilhões. Enquanto isso, 57.677 postos de trabalho foram fechados no período.

Em 2017, o país tinha 59 milhões de contas ativas em internet e mobile banking. Outro dado revela que mais de 1,6 milhão de contas digitais foram abertas no ano passado, crescimento de 171% ante 2016.

O número de transações por meio do mobile banking chegou a 71,8 bilhões em 2017. Para atrair tantas pessoas, as empresas usam a “falsa” comodidade. Mas, na verdade, transferem o trabalho e toda a responsabilidade para os clientes. Desta forma, se alguma coisa der errado, o correntista assume.

Um outro problema que os bancos escondem diz respeito à segurança e confiabilidade das ferramentas digitais, que armazenam dados pela tecnologia de nuvens. Sem falar nos custos das operações, extremamente elevados.

A pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) utiliza dados da própria Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) e está sendo debatida por bancários de todo o país que participam dos congressos e conferências nacionais da campanha salarial, em São Paulo.

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