Movimento sindical alerta para necessidade de engajamento em defesa do Banco do Nordeste- Atuando em 1990 municípios do Nordeste, Norte de Minas Gerais e do Norte do Espírito Santo; atendendo aos mais longínquos recantos há mais de 67 anos, o Banco Nordeste do Brasil (BNB) pode enfrentar um desmonte sem precedentes com a PEC 119/2019, da senadora Katia Abreu, que quer abrir o fundo da empresa o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para cobrir o rombo existente nas contas dos estados. Contra essa ameaça à empresa, que é considerada o maior banco de desenvolvimento da América Latina é que o Sindicato dos Bancários da Paraíba participou da Reunião do Conselho de Representantes da AFBNB (RCR) nos dias 16 e 17, que foi realizada em Brasília e teve como representante o diretor Robson Andrade Araújo.
No centro das discussões, a necessidade de uma “Política Nacional de Desenvolvimento que prime pelo Recorte Regional” foi o tema do evento, haja vista a conjuntura de desmonte das estruturas sociais do Estado infelizmente em curso com maior voracidade, no governo de Jair Bolsonaro.
Segundo o diretor, que também faz parte do Comitê em Defesa do BNB, o FNE já é consolidado como o principal motor de uma política de desenvolvimento regional, sendo o modelo – gerido e operacionalizado pelo BNB, exclusivo para o setor produtivo privado, em cumprimento ao que está determinando na Constituição Federal.
“A preservação, fortalecimento e expansão das suas funções, em específico ao Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) além de essencial a manutenção e desenvolvimento da região, se constitui como um modelo sólido de circulação de investimentos em projetos que geram emprego e renda. Então, essa PEC vem para destruir uma empresa que é responsável por uma imensidão de benefícios aos empreendedores e a sociedade, pois reduzirá os investimentos em negócios que dão vida a economia do Nordeste. Por sabermos que o BNB é uma estratégia essencial de política econômica para a promoção do desenvolvimento é que estamos lutando e dizendo que não podemos abrir mão desse patrimônio, além do mais, sabemos que existem outras possibilidades para solucionar o caos gerado pela crise nos estados, mas que com certeza, não está no desmonte do BNB. Não há nada do ponto de vista técnico que justifique essa PEC, o FNE é extremamente lucrativo e corresponde a quase 73% do funding do Banco do Nordeste, fato que reforça a nossa luta contra essa nefasta Proposta de Emenda a Constituição que será barrada com o engajamento de todos e de todas para que tamanho desastre e revés não se torne mais uma triste realidade. Lute você também, se some às conversas, diálogos e eventos com seus colegas. Em breve estarão sendo realizadas audiências públicas para que possamos somar forças em várias frentes na defesa do BNB”, esclareceu o diretor.
Segundo ele, é importante também que todos acessem o site do senado e votem na consulta pública sobre a PEC 119/2019 dando um ‘NÃO’ ao projeto (clique aqui para acessar a votação). “Todo mundo deve se envolver e votar contra essa PEC. O debate que está sendo feito traz informações para as pessoas que devem compartilha-las com toda a sociedade. Temos que levar esse debate, inclusive para a classe política, pois os benefícios trazidos pelo Banco superam qualquer dificuldade fiscal provisória que possa existir. Operar a longo prazo não é fácil e operar no Nordeste e no Semiárido é mais difícil ainda. E o único banco que tem a experiência, conhecimento técnico e comprometimento necessários para isso é o Banco do Nordeste”, esclareceu.