Câmara aprova urgência para projeto de privatização dos Correios

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Em meio a maior crise sanitária, econômica e política que vive a população brasileira, que passa fome e morre por Covid-19, o governo federal não se preocupa em dar um auxílio emergencial digno, nem em comprar insumos contra a pandemia. Está interessado em entregar o patrimônio público, desmatar a Amazônia e privatizar tudo seguido de retirada de direitos e desemprego. O BB e a Caixa também estão na mira!

Os deputados aprovaram, dia 20, por 280 votos a favor e 165 contrários, uma abstenção e cinco obstruções, a urgência do PL 591/2021, que permite a privatização dos Correios. A oposição obstruiu a votação e alegou que a privatização da estatal não deveria ser a prioridade durante a pandemia.

“No meio de uma pandemia, na maior crise sanitária experimentada pelas gerações vivas, esta Casa vem aqui aprovar a urgência para abrir os Correios para o capital privado. E, abrindo os Correios para o capital privado, o que se quer é o quê? Sucatear. Nós deveríamos estar aqui revoltados com a situação de empobrecimento das famílias brasileiras, que não conseguem levar uma cesta básica para a casa com a alta dos preços dos alimentos. Tínhamos que estar aqui pensando em um auxílio emergencial digno, mas não”, disse Talíria Petrone, líder do Psol na Câmara.

O relator do texto será Gil Cutrim (Republicanos-MA), que também falou em plenário. “Peço a aprovação [da urgência] na garantia e na segurança de que faremos um grande debate em relação à construção de um texto que dê segurança jurídica à empresa de postagem”, disse.

O deputado ainda não concluiu seu parecer, que será pela aprovação da proposta. O Republicanos é da base de apoio de Jair Bolsonaro. A votação da proposta deve ocorrer nos próximos dias.

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