“O principal desafio das organizações de trabalhadores é dar um basta a esse governo, que desmantelou os direitos trabalhistas e está decidido a destruir o movimento sindical”, diz Maria Helena.
No que diz respeito ao trabalho sindical, a dirigente aponta a enorme quantidade de trabalhadores e trabalhadoras rurais na informalidade, como um dos principais desafios para sua gestão.
“Nossa Federação abrange diversos setores da produção rural, como cana-de-açúcar, soja, celulose, laticínios e pecuária, representando mais de 75 mil trabalhadores e trabalhadoras, porém estima-se que haja um número semelhante – cerca de 70 mil – que permanecem na informalidade, sem qualquer tipo de garantias ou direitos ”, denuncia.
Maria Helena participa ativamente dos cursos e seminários promovidos pela Rel UITA por meio do Comitê Latino-Americano da Mulher (Clamu), consultada sobre o papel das mulheres trabalhadoras em sua Federação, afirma que essa é uma das metas: trazer mais assalariadas rurais para a organização.
“Aproximar as trabalhadoras dos sindicatos não é uma tarefa fácil, devido às características do trabalho rural e à falta de espaço nas organizações, por isso o Clamu foi fundamental na hora de ampliar conhecimentos, mas acima de tudo para nos dar visibilidade”, frisa.
Para ela, contar com uma organização internacional que desenvolva um trabalho sindical com enfoque de gênero será um diferencial para sua gestão.
“Tanto o assessoramento e as orientações que o Clamu nos dá, como o contato com outras experiências de empoderamento sindical de mulheres trabalhadoras, na América Latina, serão muito valiosos para nós”, finaliza.