A manutenção dos juros em um patamar tão alto contraria o interesse nacional, pois encarece o crédito e segura os investimentos necessários para a retomada do desenvolvimento do país. A decisão do Copom segue também em sentido contrário aos desejos do presidente Lula, que criticou o alto patamar da Selic, em comparação com a inflação de 2022, que foi de 5,79% (IPCA). Isso mostra o prejuízo da independência do BC, que pode atrapalhar o governo com suas decisões.
Conforme explica o economista Paulo Kliass, em seu artigo “Quem manda na política monetária?”, o “Copom deveria ter a obrigação de acompanhar a legitimidade do governo que acabou de tomar posse e articular a política monetária às necessidades mais gerais da política econômica”.
A manutenção da Selic tão alta só interessa ao financismo, que ganham com a especulação financeira, sem gerar empregos ou contribuir com os interesses da maioria da população.