Manutenção dos juros altos contraria o interesse nacional

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Na primeira reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a taxa básica de juros, Selic, em 13,75% ao ano. Esta e a quarta vez consecutiva que a Selic é mantida neste patamar, o mais alto desde 2016, quando chegou a 14,25%.

A manutenção dos juros em um patamar tão alto contraria o interesse nacional, pois encarece o crédito e segura os investimentos necessários para a retomada do desenvolvimento do país. A decisão do Copom segue também em sentido contrário aos desejos do presidente Lula, que criticou o alto patamar da Selic, em comparação com a inflação de 2022, que foi de 5,79% (IPCA). Isso mostra o prejuízo da independência do BC, que pode atrapalhar o governo com suas decisões.

Conforme explica o economista Paulo Kliass, em seu artigo “Quem manda na política monetária?”, o “Copom deveria ter a obrigação de acompanhar a legitimidade do governo que acabou de tomar posse e articular a política monetária às necessidades mais gerais da política econômica”.

A manutenção da Selic tão alta só interessa ao financismo, que ganham com a especulação financeira, sem gerar empregos ou contribuir com os interesses da maioria da população.

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