Em Cuba, chefe da ONU elogia ‘corajosa visão’ de desenvolvimento da América Latina

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O chefe das Nações Unidas, António Guterres, enfatizou na terça-feira (9) o papel central que a América Latina e o Caribe têm em garantir uma “globalização justa” que não deixe ninguém para trás.

Em discurso durante uma sessão da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), iniciada em Cuba na segunda-feira (8), Guterres disse que o fórum “é central para apoiar os países da região na implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”.

A secretária-executiva da CEPAL, Alicia Bárcena (terceira da esquerda para a direita), e o secretário-geral da ONU, António Guterres, reúnem-se com o presidente cubano Miguel Díaz-Canel, em Havana. Foto: CEPAL A secretária-executiva da CEPAL, Alicia Bárcena (terceira da esquerda para a direita), e o secretário-geral da ONU, António Guterres, reúnem-se com o presidente cubano Miguel Díaz-Canel, em Havana. Foto: CEPAL
O chefe das Nações Unidas, António Guterres, enfatizou na terça-feira (9) o papel central que a América Latina e o Caribe têm em garantir uma “globalização justa” que não deixe ninguém para trás.

Em discurso durante uma sessão da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), iniciada em Cuba na segunda-feira (8), Guterres disse que o fórum “é central para apoiar os países da região na implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”.

O encontro reúne representantes dos 46 Estados-membros da CEPAL e 13 membros associados para debater os principais desafios para implementar a Agenda 2030 na região.

Guterres disse que a globalização trouxe muitos benefícios, mas deixou muitas pessoas para trás. As mulheres ainda têm bem menos chances de participar do mercado de trabalho — e as desigualdades de gênero permanecem como uma preocupação global. O desemprego jovem é extremamente alto em muitos países no mundo, disse.

O chefe da ONU elogiou a CEPAL por ter sido “uma defensora progressista e fidedigna” da justiça social na economia global e “pioneira” na integração do desenvolvimento econômico, social e ambiental.

A CEPAL também “consistentemente e corajosamente apresentou uma visão de desenvolvimento com igualdade como motor de crescimento”, disse ele, e focou no que chamou de “significado mais profundo” da igualdade: olhar além da renda como uma medida de bem-estar e teste decisivo para a cooperação para o desenvolvimento.

“Setenta anos depois de sua fundação, a CEPAL continua onde sempre esteve – nas linhas de frente, pressionando por uma globalização justa, produzindo políticas baseadas em evidências, análises técnicas e conhecimento para ajudar a forjar a transformação econômica progressiva estrutural”, disse Guterres.

Um estudo, intitulado “A Ineficiência da Desigualdade“, foi divulgado na sessão, enfatizando que as políticas pró-igualdade dão contribuições positivas para o bem-estar social e ajudam a criar um sistema econômico mais justo, propício para uma melhor aprendizagem e preocupação com o meio ambiente.

Nele, a CEPAL insiste na necessidade de avançar para um novo padrão de desenvolvimento que permita alcançar um círculo virtuoso entre crescimento, igualdade e sustentabilidade para as gerações presentes e futuras.

Enquanto esteve na capital cubana, Havana, o secretário-geral da ONU visitou o centro histórico de Havana Velha e encontrou o recém-nomeado presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, e seu antecessor, o ex-presidente Raúl Castro, que deixou o cargo no mês passado.

Ao chegar ao aeroporto de Havana na segunda-feira (7), Guterres disse que visitou Cuba há quase 20 anos, quando foi primeiro-ministro de Portugal e participou de uma cúpula ibero-americana.

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