FGV lança primeiro Índice de Desenvolvimento Regional Latino-americano

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Na quarta-feira (14), às 18h30, em webinar gratuita, será lançada a primeira edição do Índice de Desenvolvimento Regional Latino-americano (IDERE), que abrange oito países, incluindo o Brasil. Para participar, basta fazer inscrição no link: http://us02web.zoom.us/webinar/register/WN_cACscS-xS-mljAJ_JtUTSg
O índice é uma ferramenta que mede o desenvolvimento em nível territorial, a partir de uma perspectiva multidimensional inspirada no enfoque do desenvolvimento humano e sustentável. Os resultados são entre 0 e 1 (onde 0 expressa o desenvolvimento mínimo e 1 o máximo). Dessa forma, o IDERE LATAM considera 25 variáveis ??por meio de oito dimensões: Educação, Saúde, Bem-estar e Coesão, Atividade Econômica, Instituições, Segurança, Meio Ambiente e Gênero.
O índice analisa as províncias da Argentina, os estados do Brasil e México, as regiões do Chile e os departamentos da Colômbia, El Salvador, Paraguai e Uruguai. Foram analisadas 182 unidades em nível subnacional que concentram 82% de toda a população latino-americana.
A pesquisa é um esforço coletivo de oito universidades e centros de estudos da América Latina, liderado pelo Instituto Chileno de Estudos Municipais (ICHEM) da Universidade Autônoma do Chile e o Instituto de Economia (IECON) da Universidade da República em Uruguai. As instituições que também fazem parte desse projeto latino-americano são: Fundação Getulio Vargas (Brasil), Universidade de Los Andes (Colômbia), Universidade de Guadalajara (México), Universidade Tecnológica Nacional (Argentina), Centro de Análise e Difusão da Economia Paraguaia (Paraguai) e Fundação Salvadorenha para Desenvolvimento Econômico e Social (El Salvador).
De acordo com dr. Adrián Rodríguez Miranda, coordenador do Grupo de Pesquisa em Desenvolvimento Local e Regional do Instituto de Economia da Faculdade de Ciências Econômicas e Administração e do Núcleo Interdisciplinar de Estudos de Desenvolvimento Territorial da Universidade da República (Uruguai), um dos coordenadores gerais do projeto IDERE LATAM, estudos desta natureza “são ainda mais necessários no contexto em que nos encontramos. Embora o índice seja calculado com dados anteriores à pandemia da Covid-19, ele nos chama a uma reflexão importante sobre as disparidades de desenvolvimento territorial que temos na América Latina, o que sem dúvida está limitando ou aumentando, conforme o caso, a capacidade. Por outro lado, para sair da atual crise sanitária e econômica e para promover o desenvolvimento sustentável, será fundamental visualizar as transformações estruturais que devem ocorrer em cada território e de acordo com a realidade de cada país, desafios que apresentam aumento em complexidade para todos, mas não da mesma forma, devido às heterogeneidades estruturais de capacidades e ativos tangíveis e intangíveis em cada região. Portanto, esperamos que o IDERE seja uma contribuição para a aplicação de políticas públicas de desenvolvimento territorial, ainda mais no cenário pós-pandêmico”.
No Brasil, o professor da FGV EAESP, Eduardo Grin, que colaborou na construção do Índice com a análise dos resultados do país, destaca que analisar o desenvolvimento regional não é tarefa simples para um país muito heterogêneo e desigual, onde os mesmos indicadores apresentam resultados muito diferentes.
“O Brasil é um país continental, e seu território ocupa 47,3% do total do continente americano e quase 25% de sua população total. Como cada região, e até mesmo cada estado, tem características próprias, a questão do desenvolvimento regional se torna uma das mais complexas na agenda política do governo. O IDERE é uma ferramenta que visa subsidiar a tomada de decisão governamental com foco nas políticas de desenvolvimento territorial”, explica Grin.

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