Investimentos de curto prazo põem em risco desenvolvimento dos países, diz relatório da ONU

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Embora uma recuperação moderada da economia mundial tenha levado a um aumento do financiamento para o desenvolvimento em 2017, um novo relatório das Nações Unidas revelou este mês (13) que grande parte dos investimentos ainda é de curto prazo, colocando em risco os compromissos globais para a criação de economias sustentáveis.

“O mundo possui recursos suficientes, mas eles não são alocados nas áreas que apresentam maior necessidade”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, no prefácio do relatório de 2018, denominado “Financiamento para o Desenvolvimento: Progresso e Perspectivas”.
Trabalhadores da construção civil atuam em projeto de expansão do Canal do Panamá. Foto: Banco Mundial
Embora uma recuperação moderada da economia mundial tenha levado a um aumento do financiamento para o desenvolvimento em 2017, um novo relatório das Nações Unidas revelou este mês (13) que grande parte dos investimentos ainda é de curto prazo, colocando em risco os compromissos globais para a criação de economias sustentáveis.

“O mundo possui recursos suficientes, mas eles não são alocados nas áreas que apresentam maior necessidade”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, no prefácio do relatório de 2018, denominado “Financiamento para o Desenvolvimento: Progresso e Perspectivas“.

O documento afirma que a visão de curto prazo, com foco excessivo em projetos que rendem lucros rápidos às custas de interesses de longo prazo, como a melhora da infraestrutura e treinamento profissional, está entre os principais desafios para o financiamento da implementação da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável.

O chefe da ONU alertou: “as escolhas que fizermos agora sobre financiamento (ao desenvolvimento) serão fundamentais”.

As perspectivas para cerca de 800 milhões de pessoas entre as mais pobres do mundo continuam pouco otimistas. O relatório anual sobre como subsidiar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) revelou que o sistema atual recompensa investidores, financiadores e gerentes de projetos que priorizam lucros de curto prazo. Isso resulta no arquivamento dos projetos de infraestrutura, excluindo pequenas empresas e mulheres do sistema de financiamento.

“Boas notícias econômicas em algumas regiões mascaram um risco muito real de que os mais pobres estejam sendo deixados para trás”, disse Liu Zhenmin, subsecretário-geral do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU. “Não há espaço para complacência”, acrescentou.

Segundo o relatório, um crescente interesse em investimentos socialmente responsáveis ​​não substitui uma transformação mais ampla no sistema de financiamento de projetos.

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