Itaú usa PDV para descartar idosos e adoecidos

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Mesmo com lucro de R$ 30,8 bilhões em 2022 e R$ 8,43 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o Itaú usa o PDV (Programa de Desligamento Voluntário) como “política de descarte” de trabalhadores adoecidos e idosos.

A fiscalização do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), realizada ao longo de um ano e meio, detectou que profissionais em licença médica foram pressionados a pedir demissão. Dos 1.501 empregados que aderiram ao PDV no ano passado, 85% estavam afastados há cerca de 30 dias por motivos de doença ou acidente ou se encontravam em estabilidade provisória depois de tratamento médico. Somados aos idosos, totalizaram 93,9% dos inscritos no programa.

O Itaú também dificulta a ascensão profissional para mulheres e funcionários negros. Na comparação do salário médio dos 132 mil funcionários, por gênero e cor, a fiscalização identificou que bancárias recebem 25% a menos do que homens, e os negros 27% a menos do que os não negros. No caso das mulheres negras, chegam a ganhar 52% a menos.

Outros absurdos foram verificados pelo TEM, como a existência de murais nas agências para expor dados sobre produtividade dos trabalhadores, prática proibida pela CCT (Convenção Coletiva de Trabalho).

O maior banco privado do país não pode continuar se aproveitando dos funcionários para elevar cada vez mais a lucratividade. O Itaú deve priorizar a saúde e bem-estar dos funcionários.

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