Familiares e amigos de Paulo Colombiano e Catarina Galindo realizaram uma manifestação na manhã desta quinta-feira (29/3), para protestar contra a morosidade da Justiça para julgar os acusados pelo assassinato do casal, ocorrido no dia 29 de junho de 2010, em Salvador.
Hoje 13 anos depois, a família ainda busca por justiça e lamenta a impunidade dos criminosos. A cada ano que passa, o sentimento de revolta só aumenta, pois os acusados continuam aproveitando a vida, como se nada tivesse acontecido. Enquanto isso, familiares e amigos sofrem com a ausência do casal, que era muito querido por todos que o conheciam.
O caso
Os assassinatos aconteceram no dia 29 de junho de 2010, quando Colombiano e Catarina voltavam para casa, localizada no bairro de Brotas. A autoria dos crimes, descoberta pela polícia em 2012, é atribuída ao empresário e oficial aposentado da Polícia Militar Claudomiro César Ferreira Santana, ao seu irmão, o médico Cássio Antônio, apontados como mandantes, e aos funcionários dos dois, Adaílton de Jesus, Edilson Araújo e Wagner Lopes, que seriam os executores. Na decisão de primeira instância, Cássio Antônio foi retirado do processo, mas a acusação recorreu da decisão.
Os dois irmãos eram proprietários da MasterMed, empresa do ramo de plano de saúde que tinha um contrato com o Sindicato dos Rodoviários, onde Paulo Colombiano era tesoureiro. O processo apontou que as mortes foram planejadas por Claudomiro e Cássio depois de saberem que Colombiano havia descoberto uma fraude milionária na prestação de serviços ao Sindicato e atuava para que providências fossem tomadas.
Morosidade
O processo do casal, que já tinha chegado à segunda instância, sofreu um revés em 2017, quando desembargadores da 2ª Turma da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) devolveram a sentença proferida em primeiro grau, que levava a júri popular os acusados. A alegação da defesa foi de que o primeiro juiz usou de ‘excessos de linguagem’ ao proferir a sentença.
Com a decisão, o processo deverá ter uma nova sentença de primeira instância, para a ‘adequação da linguagem’, mas só depois que forem apreciados todos recursos que a defesa apresentou aos tribunais de Brasília, com o objetivo de absolver os acusados. Um desses recursos está no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Porém, desde 2021 não movimentações relevantes sobre o caso.