A redução dos juros cobrados pelas instituições financeiras com o barateamento do crédito é essencial para o desenvolvimento do país. A medida foi defendida pelo ministro da Economia, Fernando Haddad, em um encontro promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta terça-feira (31/2), em São Paulo.
“A questão do crédito entrou na ordem do dia. Estamos com uma taxa de juros de 13,75% ao ano e uma preocupação com uma eventual retração do crédito no Brasil”, afirmou o ministro, acrescentando que “temos uma agenda rápida para o crédito no país: sistema de garantias, diminuição do spread e melhoria do ambiente de concorrência, para que haja mais crédito barato no Brasil”.
Haddad alertou que “o crédito caro é um grande impedimento para o crescimento econômico e impede os negócios”. Vale lembrar que, com juros altos, os bancos dificultam o acesso a empréstimos pois avaliam que há maior risco de inadimplência; desta forma, tanto os investimentos quanto o consumo diminuem e a economia fica travada.
Além disso, o ministro da Fazenda anunciou que o programa Desenrola, para renegociação de dívidas, deve ser apresentado em fevereiro, pois já está em fase final de elaboração: “o Desenrola já vem sendo discutido com os bancos desde a segunda semana de janeiro. Vai ser apresentado na semana que vem ao presidente Lula e deve ser lançado em fevereiro”.
A afirmação do ministro Fernando Haddad acontece em um momento importante, pois o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começou nesta terça-feira (31), a primeira reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic.