O uso do rotativo do cartão de crédito é recomendado apenas em situações emergenciais. Mas, diante da crise brasileira e das dificuldades financeiras enfrentadas pela maioria da população, a modalidade tem sido muito mais utilizada, inclusive para botar comida na mesa.
O grande problema é que os bancos não aliviam, cobram tarifas caríssimas, aumentando o endividamento dos clientes. A taxa de juros do cartão de crédito rotativo atingiu 370,4% ao ano em junho. Elevação de 1,6 ponto percentual em relação a maio, segundo dados do Banco Central. É o maior patamar desde 2017.
Os índices estão em escala crescente. A taxa do parcelado do cartão subiu 0,5 ponto para 173,2% no ano. Já a taxa total cresceu 2,1 pontos, para 78,7%. O cheque especial é outro vilão. O percentual ficou em 129,2%, alta de 1,3 ponto.
Os bancos, que pensam apenas no lucro e exploram o trabalhador, cobram mais caro por conta do aumento da taxa básica de juros, a Selic, hoje em 13,75% ao ano.
Vale lembrar que, com Bolsonaro, a Selic subiu 10 vezes. A elevação dos juros é a medida neoliberal para conter a inflação, que está descontrolada, em função da agenda desastrosa do governo. Os brasileiros é quem pagam a conta.