Maranhão – Encontro reforça alternativas à desnecessária Reforma da Previdência

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A auditora da Receita Federal e diretora de comunicação da AFIPREMA, Maria de Lourdes Nunes Carvalho, palestrou sobre a Reforma da Previdência durante o I Encontro Estadual dos Bancários 2018, realizado no sábado (27/01), na sede recreativa do SEEB-MA, no Turu.

 

Em sua palestra, a auditora reafirmou que não existe déficit na Previdência Social e que a reforma proposta pelo Governo Temer tem como único objetivo atender aos ditames do mercado, como os bancos, que anseiam pela reforma para poder lucrar ainda mais com os planos de previdência privada.

 

Para Maria de Lourdes, a Previdência seria ainda mais superavitária se o Governo, ao invés de penalizar a população com essa reforma nefasta, decidisse punir os verdadeiros devedores do sistema de Seguridade Social, como as instituições financeiras, o agronegócio e o grande empresariado.

 

“Exemplo básico de quem não paga a Previdência, no Maranhão, são os grandes produtores de soja. A produção é negociada nas Bolsas e a riqueza só passa nos trilhos, pega os mares e vai para outros mundos. Já os bancos são os que menos pagam a Previdência e os que mais lucram com ela” – afirmou.

 

Para resolver o problema, a auditora defende, dentre outros medidas, o fim das anistias, isenções e incentivos ficais para o setor privado, bem como o fim dos desvios de recursos da Previdência para outras finalidades, que dificilmente chegam ao conhecimento ou ao usufruto da população.

 

“Devemos lutar pela criação de um mecanismo (DRU) para que esses recursos sejam devolvidos. Por fim, propomos a criação de um Fundo para a) aporte de superávits anuais da Previdência e b) retorno dos recursos usados para outros fins para pagamento de aposentadorias e pensões” – exemplificou.

 

Maria de Lourdes entende que somente a mobilização dos trabalhadores e a contrainformação podem desmistificar as mentiras veiculadas pelo Governo Temer na grande mídia.

 

“Para enterrar essa Reforma, precisamos nos unir com a sociedade, conscientizá-la e partir para o enfrentamento contra o Governo, pois a previdência pública é o melhor meio de inclusão de todos os brasileiros que precisam de qualidade de vida quando perdem a capacidade laboral” – finalizou.

 

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