Por que a greve teria que continuar ou por que o comando não rejeitou?

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Hoje é um dia importante e marcante na luta dos trabalhadores: estamos no 20º dia de greve nacional e unificada dos bancários!


A compensação de 100% dos dias parados como consta da proposta dos patrões (bancos privados e públicos – banqueiros e governo) é a velha e conhecidíssima conversa do “bode na sala”. Assim, limitou-se a discussão a melhorar esse aspecto sem se falar em melhoramento do índice de reposição salarial, cuja proposta é bem irrisória diante do que está sendo reivindicado, abissalmente incompatível com os lucros dos bancos e com o reajuste dos altos executivos (diretorias dos bancos – que chega até a 81%). Isso foi comprovado com a flexibilização dos dias parados por parte dos patrões e a aceitação de imediato pela maioria do Comando, com  orientação pela aceitação nas assembleias, ou seja, pelo fim da greve.


O comando sabia disso. Enquanto representantes de uma categoria – forte e aguerrida – teria a obrigação de rejeitar a proposta e cobrar melhoria no índice e a não compensação dos dias da greve (devolver o bode). Como não foi o que ocorreu, não se pode fazer outro juízo a não ser de que houve capitulação; ou seja, de que o Comando apontou na contramão do que está dizendo a base pela forte greve nacional e unificada. Se considerarmos que a primeira proposta foi no mínimo brincadeira de mau gosto e que não deve ser nem considerada, podemos dizer que a partir de agora é que se começou de fato a negociar, havendo ainda espaço e fôlego para isso e, em função da forte greve, barganhar melhor.


 


Além disso, ainda não havia negociação específica agendada com todos os bancos públicos – no BNB, por exemplo, só foi confirmado hoje, sem que se saiba o teor de qualquer proposta. Essa é uma condição que deveria ser considerada previamente para a tomada de decisão dos rumos do movimento, conforme a situação. Então, como os trabalhadores dessas instituições podem deliberar nas assembleias se não foi dado tempo para negociar as específicas e analisar as propostas que virão do patrão? Afinal, não basta TER negociação; deve SER positiva!  Não à compensação dos dias parados! Negociação específica já, principalmente no BNB! Por avanço no índice de reposição salarial! A greve continua.


A assembleia é o espaço legítimo e único para deliberar pela aprovação ou não das propostas. Confira os locais e horários de hoje e participe! 


 


Seeb Blumenau/SC – assembleia realizada hoje às 10h (horário de Brasília) rejeitou a proposta


Seeb/BA e Seeb/Feira – Segunda, 26 – 18h30min (Ginásio de Esporte, Ladeira dos Aflitos)


Seeb Vitória da Conquista – Segunda, 26 – 19:30h na sede do Sindicato


Seeb/MA – Segunda, 26 – 18 horas (Sede do Sindicato)


Seeb/PI – (a confirmar) Segunda, 26 – 17 horas (Sede do Sindicato)


Seeb/RN – Segunda, 26 – 18 horas (Auditório do Sindicato)


Seeb/Mossoró – Segunda, 26 – 18 horas (Sede do Sindicato)


Seeb/SE – Segunda, 26 – 18h30min (Sede do Sindicato)


Seeb/PB – Assembleia hoje às 19h. Diferente do que foi divulgado, não houve deliberação quanto à proposta, porque não houve assembleia.


Seeb/Campina Grande e região – Segunda, 26 – 18 horas (Auditório do Sindicato)


Seeb/AL – Segunda, 26 – 18 horas (1ª convocação) e 18h30min (2ª convocação) – Auditório do Sindicato


Seeb/CE – Segunda, 26 – 19 horas (Sede do Sindicato)


 


Source: Notícias – 500

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