Apesar da força da pressão dos movimentos sociais e dos trabalhadores, que adiou a votação da PEC 32 na Câmara dos Deputados, a medida que promove a reforma administrativa ainda é um perigo. A intenção de Bolsonaro com a medida é acabar com o Estado social criado com a Constituição Federal de 1988. A Proposta de Emenda à Constituição precariza serviços públicos e abre caminho para a iniciativa privada.
A agenda ultraliberal de Jair Bolsonaro gira em torno de privatizações e ataques aos serviços e servidores públicos. Os empregados da Caixa, Banco do Brasil e demais estatais estão em alerta total. A PEC 32 retira os direitos dos trabalhadores, enfraquece o Estado e privatiza os serviços. Mais do que nunca a classe trabalhadora e os sindicatos devem pressionar os parlamentares a votarem contra a medida.
A deputada federal Erika Kokay (PT/DF) aponta a real intenção da proposta: esvaziar os acordos coletivos e facilitar demissões. “Estamos falando da Constitucionalização do aparelhamento político das instituições, do compadrio, da legalização da rachadinha. Trabalhadores e trabalhadoras de estatais ficarão totalmente à mercê dos governos de plantão”.