Reunião com Diretoria da área de Recursos Humanos: AFBNB reforça demandas dos funcionários

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A AFBNB esteve reunida na manhã do dia 13 com a Diretoria Administrativa e de Tecnologia da Informação do BNB e com a Superintendência de Desenvolvimento Humano. Na pauta, as inúmeras demandas  dos trabalhadores que chegam à entidade, muitas delas já encaminhadas para o Banco – via ofícios, relatórios, e até mesmo reuniões – mas que ainda são pendentes de solução. Pelo Banco, participaram Eliane Brasil e Marcos Marinelli. Pela Associação, Rita Josina, Alci de Jesus, Assis Araújo, Dorisval de Lima, Henrique Moreira e José Frota de Medeiros.


A percepção da AFBNB, com base no cotidiano da base, é de que as questões relacionadas a recursos humanos devem ser melhoradas, tanto no que diz respeito à transparência e comunicação, como também no que se refere à isonomia de tratamento, respeito e valorização dos trabalhadores. A diretora do Banco, há 90 dias na função, reconheceu que há uma série de coisas a serem feitas no Banco e que aos poucos as demandas vão sendo encaminhadas.


Concorrência/parecer gerencial – a AFBNB questionou as mudanças ocorridas no processo de concorrência e listou alguns problemas, como a exigência do parecer gerencial, critérios e pontuações. O Banco informou que está consolidando o processo de concorrência como norma do Banco e que isso padronizará processos e dará maior transparência. Quanto ao parecer gerencial, informou que também foi criada a regra de que se o candidato for aprovado para uma função superior e a unidade estiver com 80% de sua lotação, o gestor tem até seis meses para liberar o funcionário.


Valorização do trabalhador – a AFBNB listou uma série de problemas que afetam as condições de vida e trabalho dos funcionários, como a infraestrutura precária de várias agências; a centralização de algumas decisões administrativas do âmbito da agência/superintendência na Direção Geral; a extensão da jornada de trabalho sem o devido pagamento de horas extras; a necessidade de melhoria para o exercício da função dos Caixas Executivos;  a disparidade entre os valores pagos para a função de gerente de negócios em relação aos demais gerentes; a urgência na revisão do PCR do BNB. A Associação enfatizou que essas são demandas antigas e que impactam nos resultados dos trabalhos. O Banco informou que as melhorias dependem de um cronograma e de autorização dos órgãos superiores; que já em curso um processo de licitação de obra para 25 agências, e que com relação à função de gerente de negócios-Pronaf o problema só seria resolvido com um novo Plano de Cargos.


Convocação de aprovados e reintegração dos demitidos – a AFBNB reforçou mais uma vez a necessidade urgente da convocação dos aprovados em concurso para suprir a carência das agências. Esse é um assunto que tem sido pautado pela entidade também em Brasília, junto aos congressistas, pelo entendimento de que se trata de questão estratégica para o fortalecimento do Banco. Embora concorde com os argumentos da entidade, a diretora do Banco atribuiu ao DEST e ao atual momento político a não ampliação do quadro. Segundo ela, em maio deste ano foi feita a solicitação de convocação de concursados e não foi autorizado, no entanto, afirmou que não descartam nova solicitação de aumento de pessoal.


A Associação reforçou que o Banco precisa persistir em argumentos fortes e técnicos para apresentar ao DEST ao reivindicar aumento do quadro, como o fato do BNB ser o maior operador de recursos para o desenvolvimento da região, a necessidade do aumento de capilaridade e mesmo a capacidade operacional para os recursos do FNE.


Quanto à reintegração dos demitidos, o Banco informou que o assunto precisa ser levado para as instâncias superiores. A AFBNB lamentou o retrocesso nas negociações, uma vez que a possibilidade de reintegração já teve vários debates e encaminhamentos, não tendo sido concretizada.


Endividamento dos funcionários – A AFBNB lembrou de cobranças feitas recentemente sobre o assunto, enviadas inclusive ao Banco por ofício pela entidade e mais uma vez defendeu que a solução para esse problema passa pela revisão do Plano de Cargos, principalmente no tocante à melhoria do cargo. No entanto, ressaltou que medidas imediatas precisam ser tomadas e que o Banco dê um tratamento adequado, que de fato aponte para a solução do problema. Segundo os representantes do Banco, essa realidade é preocupante e a instituição estaria estudando uma espécie de “Refis” para os funcionários, com uma taxa de juros mais baixa que possibilite aumentar o prazo de pagamento e diminuir o comprometimento salarial com a dívida, sem precisão ainda quanto à data.


Conselheiro representante –  O assunto já foi tratado e cobrado inúmeras vezes e mais uma vez a AFBNB destaca que o BNB continua sendo o único banco público sem que haja um representante dos trabalhadores no Conselho Deliberativo. A justificativa dada dessa vez foi de que o processo precisou ser interrompido enquanto se discutia a Lei das Estatais e o impacto na legislação do Coref. Superada essa fase, o edital deve ser lançado em agosto próximo.


PLR – a AFBNB ressaltou a necessidade de transparência – sobretudo nos cálculos individuais do trabalhador e nos valores que compõem – linearidade e cumprimento do Acordo Coletivo. O Banco informou que estuda uma distribuição por regra própria, sem fugir dos limites da lei.


Durante a reunião, a AFBNB abordou além dos casos coletivos, também alguns casos específicos, cujas demandas aguardam solução de encaminhamento. Ao final, a AFBNB entregou inúmeros ofícios relacionados à Área e sem resposta até o momento, dentre esses, as deliberações da mais recente Reunião do Conselho de Representantes.


A AFBNB continuará acompanhando as demandas apresentadas e cobrando do Banco tratamento adequado e prioritário para as questões dos trabalhadores. No entanto, ressalta e enfatiza que o envolvimento dos funcionários é fundamental para a solução dos problemas, quer estando atualizados das ações de sua entidade representativa, quer reforçando junto ao Banco as demandas feitas pela entidade, e participando ativamente sempre que for possível das atividades propostas, como assinaturas de petições e mobilização virtual contra projetos de lei que prejudiquem os trabalhadores e o Banco.


A AFBNB ao lado do trabalhador

Gestão Autonomia e Luta


Source: Notícias – 400

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