Saúde mental no trabalho em pauta na AFBNB

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Não é de hoje que o tema Saúde Mental tem sido pauta da AFBNB. Em 2021, no contexto da pandemia, a Associação realizou um seminário on line com a psicóloga do trabalho Solange Silva (relembre aqui: Em 2021, AFBNB discute saúde mental no trabalho bancário em seminário sobre o tema ). Solange também foi palestrante na 58ª RCR, em 2022, que discutiu o assunto (relembre aqui: 58ª RCR – AFBNB reúne representantes de base para discutir organização da categoria) e, neste ano, a AFBNB participou do I Simpósio sobre Adoecimento Bancário e suas Implicações promovido pelo Sindicato dos Bancários do Maranhão. (Veja aqui)

O assunto tem sido abordado nas últimas Reuniões do Conselho de Representantes por trabalhadores que expõem situações vexatórias e adoecedoras vividas por eles mesmos ou por colegas no ambiente de trabalho, e que muitas vezes são tratadas pela gestão do Banco como casos pontuais. Além disso, outro assunto que tem chegado à Associação é o aumento de trabalhadores diagnosticados como neuroatípicos no BNB, o que demandaria mudanças e ajustes no ambiente de trabalho.

Preocupada com essas questões, a diretoria da AFBNB se reuniu na manhã de hoje com  a psicóloga Solange Silva para discutir possibilidades de formatação de um programa piloto de resgate da saúde mental para os associados. A ideia é começar com a escuta qualificada do trabalhador através de rodas de conversa cujo calendário está sendo definido, bem como os desdobramentos posteriores.

De acordo com dados do Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho, os transtornos mentais são a terceira maior causa de afastamento do trabalho no Brasil, atrás das lesões e de doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo. No BNB, embora a AFBNB não disponha de dados, são frequentes os relatos de adoecimento mental causado por fatores laborais, como assédios, cobranças abusivas e insatisfação quanto ao processos internos.

Para Rita Josina, estar ao lado do associado é o primeiro passo. “O assunto é complexo e a resposta dificilmente sairá do ambiente de trabalho, ao contrário. Por isso, é fundamental que as entidades de trabalhadores se mobilizem enquanto espaços de escuta qualificada e coletiva, porque sozinho é mais difícil para o trabalhador compreender o que está em jogo e desenvolver estratégias para lidar com o problema, priorizando sempre a saúde”.

 

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